RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Estácio Participações (SA:ESTC3) fez parceria com a plataforma global de cursos extracurriculares online Udemy, baseada nos Estados Unidos, com objetivo de aumentar a exposição deste segmento dos atuais 5 por cento para até 15 por cento de sua receita total até 2020.
De acordo com o presidente da companhia brasileira, Rogério Melzi, a estratégia é importante para diversificar os negócios da Estácio.
"Temos a oportunidade de vender os cursos para nossos mais de 500 mil alunos e queremos monetizar os ativos que desenvolvemos internamente vendendo para pessoas fora da Estácio", afirmou. No caso de cursos presenciais, que também poderão ser oferecidos pela parceria, há possibilidade de ocupar os campi pela manhã e à tarde.
As empresas esperam para este ano que mais de 100 mil brasileiros façam pelo menos um curso oferecido pela plataforma. Com a parceria, serão oferecidos mais de 600 cursos em português, sendo 100 da Estácio e 500 da Udemy, em áreas como programação, marketing, contabilidade ou preparatórios para exames como o da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Os valores cobrados vão de 50 a 200 reais, mas há opções gratuitas.
"Mesmo com o Brasil enfrentando uma crise financeira, as pessoas ainda estudam. O interesse da Udemy em fazer isso no Brasil precisamente no momento de crise mostra confiança no país", disse Melzi.
"Além de tudo, nós temos acesso a 500 mil estudantes em nossa base e podemos facilmente vender para eles. Estudantes podem ser bons compradores", afirmou, acrescentando que o plano de crescimento da Estácio até 2020 prevê avanço da unidade de 5 por cento para entre 10 e 15 por cento da receita total da empresa.
A Udemy, fundada em 2010, afirma ser um dos maiores participantes globais do mercado de aprendizagem online. A companhia chegou a 10 milhões de estudantes em todo o mundo, divididos entre 40 mil cursos oferecidos em 80 línguas.
(Por Juliana Schincariol)