Investing.com - O Ibovespa fechou em alta de 0,5% nesta quinta-feira conseguindo reverter a tendência de queda na abertura do pregão. O índice fechou aos 63.837 pontos, com variação entre 62.728 pontos e 63.927 pontos, interrompendo o movimento de consolidação de ontem, que registrou queda de 0,4% após ter superado os 64 mil pontos pela primeira vez desde abril de 2012.
Com a alta de hoje, o principal índice da bolsa brasileira acumula 9% de ganhos no mês, contabilizando dez dos três pregões do de outubro no positivo.
O dia começou tenso com os analistas cautelosos em relação aos acontecimentos político e econômicos das últimas 24h. O Copom decidiu dar início ao ciclo de redução das taxas de juros pela primeira vez desde 2012, mas decepcionou parte do mercado ao cortar apenas 0,25 p.p. Hoje o Banco Central divulgou uma queda acentuada no IBC-Br que veio negativo em 0,91% em agosto no pior resultado em um ano, contra previsão de queda de 0,69%.
No cenário político, a prisão do ex-deputado federal Eduardo Cunha trouxe o medo que a base do governo poderá sofrer com uma possível delação premiada. A expectativa do meio político é de que Cunha possui informações que podem constranger ministros e parlamentares, o que, no médio prazo, dificultaria a aprovação de medidas duras na área fiscal como a reforma da Previdência.
Ao longo do dia, contudo, a recuperação dos bancos e a alta da Vale (SA:VALE5) deram força para que o Ibovespa fechasse no positivo, apesar do peso contrário da Petrobras (SA:PETR4).
Destaques do dia
Vale. A companhia disparou 4,5% e fechou aos R$ 17,94, seu maior nível desde maio de 2015, após divulgar aumento da produção de minério de ferro no terceiro trimestre. A Vale divulgou aumento de 1,5%na extração da commodity entre julho e setembro para 92,1 milhões de toneladas. Na comparação com o segundo trimestre, o volume foi 6,5% maior. A ação ordinária (SA:VALE3) subiu 2,6%.
Petrobras. A petroleira conseguiu virar para o positivo nos últimos momentos do pregão e encerrou o dia a R$ 17,92, alta de 4,4%, renovando a máxima de dois anos. Ao longo de todo pregão, a companhia deu sinais que realizaria parte dos lucros acumulados de 30% no intenso rali que segue desde o fim de setembro.
Banco do Brasil (SA:BBAS3). O banco valorizou 2,1% no pregão desta quinta-feira com o otimismo do mercado após o Santander (SA:SANB11) melhorar a recomendação para o papel.
Bradesco (SA:BBDC4), Itausa (SA:ITSA4) e Itaú. Os bancos foram os principais responsáveis pela virada de sinal do Ibovespa no fim da manhã, ao sair do terreno negativo. Bradesco puxou os ganhos subindo 1,5%, seguindo por Itaúsa com 0,4% e Itaú Unibanco (SA:ITUB4) com 0,3%.
Kroton (SA:KROT3). O papel da companhia educacional realizou 2,4% no pregão de hoje após disparar 9% nos últimos quatro pregões em meio à aprovação de crédito suplementar para o Fies. Estácio (SA:ESTC3) perdeu 2,1%.
Celulose. As exportadoras da commodity Fibria (SA:FIBR3) e Suzano (SA:SUZB5) ficaram entre as principais perdas do dia, respectivamente, 2,2% e 1,5%, com a forte desvalorização do dólar, que retornou à casa dos R$ 3,13.
Braskem (SA:BRKM5). A companhia avançou 1,7% com notícia do Valor Econômico de que a empresa avalia ofertas para a quantQ, em operação estimada na casa dos R$ 500 milhões a R$ 700 milhões. A Braskem negou que haja um compromisso formal e que constantemente avalia seu portfólio de ativos.