Investing.com - A Usiminas (SA:USIM5) dispara mais de 7% nesta sexta-feira no maior volume da primeira hora do pregão após divulgar seu balanço do terceiro trimestre antes da abertura do mercado. A ação é negociada a R$ 4,47, máxima desde junho de 2015.
A empresa manteve a trajetória de redução do prejuízo dos últimos balanços, com aumento de receita, Ebitda e volume de vendas, combinando com queda da dívida, cenário que animou os investidores.
O prejuízo foi de R$ 107 milhões, contra R$ 123 milhões do segundo trimestre e R$ 1 bilhão de igual período do ano passado. Esse foi o nono trimestre consecutivo de perdas na última linha do balanço da companhia.
A receita subiu 12% em relação ao segundo trimestre com os sucessivos reajustes dados para compensar a valorização de commodities como o carvão. Na comparação anual, contudo, a receita caiu 6,5%, fruto do aprofundamento da recessão. O Ebitda avançou para R$ 307 milhões, contra resultado negativo de R$ 65 milhões no ano passado e R$ 68 milhões positivo no segundo trimestre. A dívida cedeu R$ 1,2 bilhão em um ano, para R$ 6,9 bilhões.
O mês tem sido positivo para a companhia, que acumula ganhos de 26%, contra avanço de 1,7% em setembro. No ano, a ação acumula mais de 450% desde a mínima de R$ 0,86 atingida no final de janeiro, após uma forte derrocada das siderúrgicas em 2015.
Ambev cai com corte na previsão de receita
O corte na previsão de receita da cervejaria pesou sobre o balanço do terceiro trimestre e a ações cedem 3% na primeira hora de negociação nesta sexta-feira. Em comunicado, a holding AB Inbev informou que não espera mais atingir a meta de receita líquida estável no Brasil dado o “ambiente de fraco volume da indústria”. Na apresentação do resultado anterior, a empresa havia cortado a previsão para as receitas do Brasil para algo como 5% e 9%.
A ação voltou ao nível mais baixo desde o início de agosto, negociada a R$ 18,92.
Segundo analistas da UBS, o resultado é desapontador e os investidores deverão estar interessados em ouvir sobre os planos da Ambev para compensar o aumento de custos.
O lucro avançou 3,6% para R$ 3,2 bilhões no terceiro trimestre, com queda de 20% no Ebitda na comparação anual. A receita no Brasil ficou 5,3% menor e participação no mercado também caiu em relação ao ano passado.