WASHINGTON/RIAD (Reuters) - O rei Salman da Arábia Saudita conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no domingo e concordou em apoiar zonas de segurança na Síria e no Iêmen, informou um comunicado da Casa Branca.
Durante sua campanha presidencial, Trump pediu aos Estados do Golfo Pérsico que pagassem pela criação dessas zonas para proteger refugiados sírios.
Um informe emitido após a conversa disse que os dois líderes concordaram com a importância de fortalecer os esforços conjuntos para conter a disseminação dos militantes do Estado Islâmico.
"O presidente solicitou e o rei concordou em apoiar zonas de segurança na Síria e no Iêmen, assim como apoiar outras ideias para ajudar os muitos refugiados que estão deslocados pelos conflitos em andamento", disse o informe.
Em uma transcrição inicial do telefonema, a Agência de Imprensa Saudita não fez nenhuma menção específica às zonas seguras, mas disse que os dois líderes afirmaram a "profundidade e durabilidade da relação estratégica" entre os dois países.
Mais tarde a agência disse que "o zelador das Duas Mesquitas Sagradas havia confirmado seu apoio e endosso ao estabelecimento de zonas seguras na Síria", mas não mencionou o Iêmen, onde uma aliança saudita está combatendo o grupo houthi, aliado de seu rival regional Irã.
Uma fonte saudita de alto escalão contou à Reuters que os dois líderes conversaram por mais de uma hora por telefone e concordaram em intensificar a cooperação militar e de contraterrorismo, além da econômica.
Mas a fonte não comentou se Trump e o rei Salman debateram o decreto presidencial do norte-americano, que adotou uma proibição de quatro meses à entrada de refugiados nos EUA e sustou temporariamente o ingresso de viajantes da Síria e de seis outros países de maioria muçulmana.