NOVA YORK/HOUSTON (Reuters) - Refinarias da costa leste dos Estados Unidos estão em uma onda de compras de petróleo brasileiro, disseram fontes do mercado, recusando carregamentos do Oeste da África à medida que produtores como a Royal Dutch Shell e a norueguesa Statoil vendem sua crescente produção de campos marítimos do Brasil.
A aceleração das importações brasileiras para a região ocorre no momento em que o único produtor latino-americano a aumentar sua produção nos últimos anos busca mercados próximos para o petróleo que está retirando de seus gigantescos campos de pré-sal que estão em desenvolvimento.
As entregas de petróleo brasileiro para a costa leste dos EUA em fevereiro deverão alcançar 2,4 milhões de barris, ou 86 mil barris por dia, o maior volume mensal desde ao menos 2009, segundo dados da Administração de Informações de Energia dos EUA (AIE) e dados da Reuters.
Os fortes números de fevereiro acompanham uma alta nas importações de petróleo brasileiro para a região que começou em setembro do ano passado e que impulsionou o número anual para o ano de 2016 acima dos volumes de 2012.
"É mais barato que petróleo do oeste da África", disse um operador da costa leste, quando questionado sobre o motivo do crescimento no volume.
Os tipos de petróleo sendo importados incluem variedades dos campos de Iracema, Lula, Peregrino e Sapinhoá.
(Por Jarrett Renshaw e Marianna Parraga; reportagem adicional de Libby George)