Washington, 15 fev (EFE).- O atual presidente do Banco Mundial (BM), Robert Zoellick, anunciou nesta quarta-feira que em 30 de junho deixará seu cargo, ao término de seu mandato de cinco anos, e não tentará a reeleição.
"Estou honrado por ter liderado esta instituição mundial com tanta gente excepcional", afirmou Zoellick em comunicado no qual destaca suas conquistas na tentativa de transformar o organismo para atuar em uma época de crise econômica.
"O Banco Mundial agora é forte, saudável e está bem posicionado para novos desafios", afirmou Zoellick, que em 2007 substituiu Paul Wolfowitz, mantendo a tradição de presidentes do BM americanos.
Zoellick, que foi subsecretário de Estado durante a presidência de George W. Bush, notificou sua decisão na manhã desta quarta ao Banco Mundial, que terá que abrir um processo de seleção no qual pesará a nomeação proposta pela Casa Branca.
O Banco Mundial destacou que durante os cinco anos sob a presidência de Zoellick, a instituição de financiamento multilateral forneceu fundos recordes no valor de US$ 247 bilhões para apoiar áreas como infraestrutura, agricultura, comércio, educação, saúde e meio ambiente.
"O BM reconheceu que vivemos em um mundo de múltiplos polos de crescimento onde os conceitos tradicionais de terceiro mundo estão defasados e onde os países em desenvolvimento têm um papel chave", indicou Zoellick.
Além disso, lembrou que durante estes cinco anos foi efetuada a primeira ampliação de capital em 20 anos, com importante participação dos países em desenvolvimento, que proporcionaram mais da metade dos fundos.
O BM também indicou que a Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA, na sigla em inglês) recebeu um recorde de US$ 90 bilhões para ajudar os mais pobres, apesar da maior austeridade registrada nos países doadores devido à crise mundial.
Quanto aos aspectos organizacionais, o BM destacou o aumento das medidas para fortalecer a transparência e o aumento da participação das mulheres nos postos de responsabilidade da entidade financeira. EFE