SÃO PAULO (Reuters) - A maior pressão dos preços tanto no varejo quanto no atacado impulsionou o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) para um avanço de 0,49 por cento em outubro, ante 0,39 por cento no mês anterior, de acordo com dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.
O resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, que era de alta de 0,55 por cento na mediana das projeções.
A FGV informou que os preços ao consumidor mostraram maior pressão depois que o Índice de Preços ao Consumidor-10 (IPC-10), que responde por 30 por cento do índice geral, subiu 0,18 por cento, depois de ficar estável em setembro.
A FGV atribuiu o movimento principalmente ao comportamento do grupo Alimentação, cujos preços passaram a cair 0,08 por cento ante recuo anterior de 0,91 por cento.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo-10 (IPA-10), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do índice geral, também acelerou a alta, a 0,67 por cento em outubro de 0,55 por cento em setembro.
Os Bens Finais passaram a avançar 0,4 por cento, ante recuo anterior de 0,22 por cento, dado o movimento do subgrupo alimentos in natura.
Os Bens Intermediários aceleraram a alta a 1,39 por cento, contra avanço de 0,43 por cento no mês anterior, com destaque para o subgrupo materiais e componentes para a manufatura.
O Índice Nacional de Custo da Construção-10 (INCC-10) registrou em outubro avanço de 0,11 por cento, desacelerando ante alta de 0,35 por cento no mês anterior.
O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
(Por Thaís Freitas)