PULSO DO MERCADO – A valorização de 12% das ações da Braskem (SA:BRKM5), a R$ 53,25, como resultado da possível oferta de compra pela Lyondellbasell deve ser encarada como uma oportunidade para embolsar os ganhos recentes com os papéis da petroquímica, avalia o BTG Pactual (SA:BPAC11) em um relatório distribuído para clientes nesta segunda-feira (30).
- “Acreditamos que um cenário pelo qual um player estrangeiro possua um ativo em um monopólio, sem parceria com a Petrobras (SA:PETR4) e sem garantia de remissão de impostos ‘ad infinitum’, está envolto em incertezas. Como tal, tomaríamos esta oportunidade de obter lucros”, avaliam os analistas Antonio Junqueira, Gustavo Castro e Daniel Guardiola. A recomendação neutra foi reafirmada, com preço-alvo de R$ 43.
- O Wall Street Journal publicou hoje que a holandesa Lyondellbasell teria feito uma aproximação para comprar o controle da Braskem. A negociação teria precificado a empresa em mais de US$ 10 bilhões. A valorização de hoje elevou o valor de mercado a aproximadamente US$ 13 bilhões.
- Em nota, a Odebrecht disse que "segue trabalhando em alternativas que agreguem valor à Braskem e a todos os seus acionistas, e reafirma a intenção de manter a Braskem como parte dos investimentos do grupo". A Petrobras ainda não comentou o assunto.
- A estatal tem 47% das ações com direitos a voto da Braskem (que estão à venda), enquanto a Odebrecht possui 50,1%. Os papéis acumulam valorização de 55,5% em 2017.