NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do cacau negociados em Nova York subiram para uma máxima de sete anos nesta segunda-feira, com as preocupações de abastecimento intensificadas pelas inundações na Costa do Marfim, maior produtor global, enquanto o café arábica atingiu uma mínima de seis meses durante a sessão.
CACAU
* O contrato setembro de Nova York fechou em alta de 55 dólares, ou 1,7%, a 3.258 dólares a tonelada, depois de estabelecer uma nova máxima de sete anos de 3.281 dólares/tonelada.
* Os operadores disseram que os suprimentos estavam apertados com um déficit global amplamente esperado na atual temporada 2022/23, aumentando as preocupações sobre quaisquer novos contratempos na produção.
* Chuvas acima da média na maior parte das regiões cacaueiras da Costa do Marfim na semana passada inundaram as plantações e podem afetar o início da próxima safra, de outubro a março, disseram agricultores na segunda-feira.
CAFÉ
* O café arábica setembro subiu 0,3 centavo, ou 0,2%, para 1,6515 dólar por libra-peso, depois de estabelecer uma mínima de seis meses de 1,6375 dólar.
* Os operadores disseram que uma perspectiva geralmente favorável para a colheita no Brasil continua sendo um fator de baixa.
* A menor produção da Colômbia, segundo maior produtor mundial de café arábica, deu certo fôlego ao mercado.
* A Colômbia produziu 806 mil sacas de 60 kg de café arábica lavado em maio, queda de 21%.
* O café robusta setembro subiu 34 dólares, ou 1,3%, para 2.710 dólares a tonelada.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto julho caiu 0,46 centavo, ou 1,9%, a 23,72 centavos de dólar por libra, após atingir o preço mais baixo em 2 meses e meio.
* Os operadores disseram que uma combinação de fatores baixistas, incluindo clima seco no Brasil, chuvas na Índia e queda nos contratos em aberto no contrato spot antes do vencimento em 30 de junho, atingiu o mercado.
* "O interesse do comércio em receber a entrega do contrato de julho parece ter evaporado. Isso pode ser devido à falta de demanda pelo preço elevado", disse um corretor.
* Açúcar branco de agosto caiu 8,90 dólares, ou 1,4%, para 648,40 dólares por tonelada métrica.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)