Por Marcelo Teixeira
NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros do café arábica na ICE recuaram nesta terça-feira após máximas de três semanas na sessão, em meio a preocupações com previsão de geada nesta semana no maior produtor, o Brasil.
Os preços do açúcar bruto permaneceram sem variação.
CAFÉ
* O café arábica para setembro fechou em queda de 2,5 centavos de dólar, ou 1,5%, em 1,602 dólares por libra-peso. O contrato anterior atingiu a máxima desde o começo de junho, em 1,64 dólar.
* Operadores afirmaram que o mercado provavelmente irá permanecer volátil esta semana, seguindo as atualizações de clima do principal produtor, o Brasil, onde uma forte massa de ar polar está se movendo pelo Sul e Sudeste.
* Relatórios divulgados nesta manhã indicaram geadas no Estado do Paraná, principal área produtora de café do sul do Brasil. Porém, as geadas atingiram apenas regiões de produção de milho por enquanto.
* Apesar do Estado possuir menos de 5% da produção total de arábica no Brasil, as geadas podem ter um efeito exponencial nos preços, pois podem matar o cafezal imediatamente.
* Pesando no café, no entanto, havia quedas nos mercados financeiros mais amplos, onde prevaleciam os temores sobre uma nova variante da Covid-19. [MKTS/GLOB] [O/R]
* O café robusta para setembro fechou em queda de 36 dólares, ou 2,1%, em 1.675 dólares a tonelada.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto para julho permaneceu inalterado em 17,23 centavos de dólar por libra-peso.
* Operadores afirmaram que uma falta de demanda próxima, como evidenciado no amplo desconto de açúcar para julho em relação a outubro, continua a pesar no mercado.
* Entretanto, eles acrescentaram que existe um suporte firme em cerca de 17 centavos de dólar, especialmente com preocupações sobre a safra de cana-de-açúcar do Brasil, também com riscos de clima frio, que só tendem a aumentar daqui pra frente.
* A trading Czarnikow reduziu a sua previsão para a moagem de cana e produção de açúcar, devido ao persistente clima seco.
* O açúcar branco para agosto fechou em queda de 0,90 dólar, ou 0,2%, em 432,40 dólares a tonelada.