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Como carne de boi, suínos dos Estados Unidos também serão concorrentes do Brasil na China, dizem analistas

Publicado 17.01.2020, 11:21
Atualizado 17.01.2020, 12:52
© Reuters.

Para a soja, o mercado chinês continua positivo no médio e longo prazos, na medida em que há consenso sobre a crescente necessidade. Para a carne bovina, as expectativas ficaram mais difusas. Não se espera perda das exportações brasileiras com a janela que os Estados Unidos vão conquistar após o acordo comercial, mas se trabalha com possibilidade de estabilização ou no máximo crescimento moderado.

E como ainda bem lembrou Caio Toledo Godoy, analista da INTL FCStone, pode até ser que os americanos não se beneficiem de imediato das vendas de carne de boi, mas sim de suína. Mas aí também pode tirar um pouco do apetite da China por proteína bovina, bem como concorrer diretamente com as exportações brasileiras da proteína de porco.

Os Estados Unidos são um grande produtor e exportador de suínos, o que casa com a preferência do país asiático por essa carne – cuja produção interna foi severamente prejudicada pela epidemia que dizimou 40% do plantel e suscitou mais importações de todas as demais carnes.

Outro ponto que Godoy mostra é que a muito comentada probabilidade de a Austrália diminuir sua presença na China (perto de 300 mil toneladas em 2019) ainda é dúvida. Para ele, apesar dos focos de incêndios no país terem sido muitos, na área de boi foi menor.

As tarifas cobradas sobre o acesso dos exportadores americanos deverão cair. Sobre a carne de boi, está em 47% e forçou a derrubada das vendas em 2019. Mas em 2018, antes que a guerra comercial tomasse grandes proporções e o imposto de importação ainda não havia sido muito elevado, os exportadores dos Estados Unidos faturam mais de US$ 440 milhões com vendas para lá.

O acordo entre as duas potências mundiais ajudou a embaralhar um cenário que já vinha de final de novembro. Os chineses forçam a revisão dos preços dos contratos com os brasileiros, seguraram alguns embarques, e agora entraram no Ano Novo local, diminuindo ainda mais a geração de novos negócios.

Fica, portanto, a interrogação. Como eles vão voltar às compras?

“Essa questão da carne americana é uma possibilidade de maior concorrência, indesejada ao setor (da pecuária brasileira), mas ainda é de difícil previsibilidade, vamos ter que continuar acompanhando os desdobramentos”, avalia Gustavo Resende Machado.

O especialista da FCStone arrisca um palpite em termos de prazo mais definidor. Meio do ano. Sobretudo se até lá sair a fase dois do acordo, determinando mais cortes de taxas por Pequim sobre os produtos agropecuários dos Estados Unidos.

As informações falam em US$ 32 bilhões de aquisições em dois anos, mas não se conhece detalhes sobre o rateio por setores e categorias – se é que isso foi negociado.

Soja, como se sabe, tem boas perspectivas, com o desbalanço de oferta e demanda global, apesar dos chineses estarem comprando o grão americano sem explosão no momento.

Por Money Times

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