Rio de Janeiro, 16 set (EFE).- Foram terminadas as obras de construção da plataforma marítima para exploração de petróleo P-55, unidade com capacidade de produção de 180 mil barris diários de petróleo, a maior do tipo fabricada até agora no país, informou a Petrobrás nesta segunda-feira.
A enorme estrutura metálica de dez mil metros quadrados e 52 mil toneladas de peso foi lançada ao mar hoje em Rio Grande, porto no Rio Grande do Sul, e esta semana será submetida às provas de inclinação antes de ser enviada à bacia de Campos.
O lançamento da plataforma foi anunciado pela presidente Dilma em uma cerimônia realizada em Porto Alegre, em que também foram assinados os contratos de construção de duas plataformas similares à P-55.
"Este é um momento especial, estamos lançando a primeira plataforma submergível do país. Produzir uma estrutura com capacidade para extrair 180 mil barris de petróleo e quatro milhões de metros cúbicos de gás por dia não é trivial", discursou a presidente.
Para Dilma, o país precisará de pelo menos 17 plataformas marinhas semelhantes para a exploração do Campo de Libra, que será licitado mês que vem.
"O Brasil começa a explorar as gigantescas áreas que descobriu com um nível avançado de sua indústria e capaz de abastecer às petrolíferas (de maquinário e estruturas que serão necessárias)", garantiu a presidente.
Durante o discurso Dilma também ressaltou a importância de o Brasil contar com um local de referência na construção de plataformas, ao se referir ao Pólo Naval do Rio Grande, onde foi construída o P-55 e serão fabricadas as futuras duas unidades.
Todas as encomendas foram feitas a esse pólo de construção naval, que fica no Rio Grande do Sul, e exigirão investimentos de cerca de US$ 6 bilhões e gerarão 18 mil empregos.
Segundo um comunicado da Petrobras, o P-55 ficará ancorada na Bacia de Campos em uma região do oceano Atlântico na qual a profundidade chega a 1.800 metros e será conectada a 17 poços, 11 produtores e sete injetores de água.
A unidade, uma das maiores plataformas petrolíferas semisubmergíveis do mundo, começará a operar em dezembro deste ano. EFE