🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Consumo de gás natural por indústrias do Brasil cai 6,7% no 1º tri com pandemia

Publicado 21.05.2020, 16:34
© Reuters.

SÃO PAULO (Reuters) - O consumo de gás natural pelas indústrias no Brasil recuou 6,7%no primeiro trimestre de 2020 em relação a igual período do ano anterior, enquanto a demanda pelo energético em geral teve retração de mais de 14% apenas no mês de março, informou nesta quinta-feira a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás).

Segundo levantamento da entidade, foram comercializados 26,5 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural ao segmento industrial entre janeiro e março, ante 28,4 milhões de m³/dia no primeiro trimestre de 2019, o que demonstra os primeiros impactos da pandemia de coronavírus sobre o setor.

Considerado apenas o mês de março, quando a crise começou a se agravar no país, o volume comercializado de 25,3 milhões de m³ para a indústria é o menor desde dezembro de 2017, de acordo com a Abegás.

"Esses dados de março já sinalizam uma queda que se acentuou. Em abril, observamos, extraoficialmente, pelas informações de algumas distribuidoras, uma queda de 35% no segmento industrial (na comparação anual)", disse em comunicado o presidente-executivo da associação, Augusto Salomon.

Diante das medidas de isolamento e distanciamento social e do fechamento do comércio para que a disseminação da doença seja contida, o consumo dos segmentos automotivo, comercial e de cogeração também recuou no período.

A demanda por gás natural veicular (GNV) teve queda de 8,5% no período, enquanto o consumo por estabelecimentos comerciais retraiu 1,95% e a cogeração caiu 15%.

"O segmento comercial chegou a registrar uma queda de 60% (em abril)", disse Salomon, prevendo mais impactos pela frente.

O resultado do primeiro trimestre só não foi pior por causa de um forte mês de janeiro, no qual o consumo total do insumo, considerado todos setores, cresceu 37,5%.

Houve ainda, no trimestre, avanço de 18% no consumo residencial, com mais pessoas ficando em casa em função da pandemia, e alta de 23,6% no consumo por térmicas a gás.

No total do primeiro trimestre, considerados todos os segmentos, o consumo de gás natural no Brasil teve leve alta de 2,8% no ano a ano, para 62,9 milhões de m³/dia, mas esses indicadores também devem piorar à medida que a crise se aprofunda, segundo a Abegás.

"É uma crise sem precedentes... A primeira onda foi a queda drástica no consumo e agora o setor está preocupado com o aumento da inadimplência... Precisamos ter condições de buscar empréstimos. Nosso problema hoje é fluxo de caixa em curto e médio prazo", afirmou Salomon.

Enquanto as distribuidoras de gás sinalizam possível necessidade de empréstimos, o governo publicou nessa semana decreto para permitir financiamentos de um grupo de bancos liderado pelo BNDES a distribuidoras de energia, como forma de aliviar impactos do coronavírus sobre o setor.

(Por Gabriel Araujo)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.