Por Marco Aquino
LIMA (Reuters) - A disputa presidencial do Peru está se acirrando um mês antes do segundo turno de junho, com o socialista Pedro Castillo ainda na dianteira, enquanto os institutos de pesquisa dizem que as batalhas cruciais serão em regiões pobres e rurais e através do convencimento de um grupo grande de eleitores indecisos.
O favorito Castillo, um professor praticamente desconhecido da maioria dos peruanos antes do primeiro turno de abril, apareceu com 43% das intenções de voto na mais recente pesquisa, enquanto Keiko Fujimori soma 34%, segundo o instituto Ipsos Peru.
Fujimori, que é candidata a presidente pela terceira vez, diminuiu a diferença em 2 pontos percentuais, mesmo índice de uma sondagem semelhante da Ipsos duas semanas antes. Outra pesquisa recente da Datum International também mostra uma corrida mais acirrada.
O apoio a Castillo é mais forte nas regiões mais pobres do Peru e varia de 46% a 60%, mostrou a sondagem, e Fujimori se sai melhor nas áreas mais ricas, mas menos populosas.
"A grande batalha será lá, nos setores socioeconômicos mais pobres", disse Alfredo Torres, executivo-chefe da Ipsos Peru, em uma entrevista à televisão.
A enquete da Ipsos com 1.204 pessoas, realizada em 30 de abril e com uma margem de erro de 2,8%, indicou que a parcela de eleitores indecisos caiu de 27% duas semanas antes para 23% -- uma margem que ainda deixa muito espaço para surpresas em 6 de junho, disse o instituto.