Brasília, 2 dez (EFE).- A presidente Dilma Rousseff liderou nesta segunda-feira a assinatura do contrato de concessão do maior jazida petroleiro do país a um consórcio integrado por empresas estrangeiras e a estatal Petrobras e encorajou aos investidores a apostar pelo Brasil.
"O Brasil dá sinal efetivo concreto, e inequívoco que está aberto ao investimento privado, nacional ou estrangeiro", declarou Dilma durante a assinatura do contrato de concessão.
O consórcio que se adjudicou o campo de Libra é integrado por Petrobras (40%), a francesa Total (20%), a anglo-holandesa Shell (20%) e as chinesas China National Corporation (10%) e China National Offshore Oil Corporation (10%).
O campo de Libra é considerado a maior jazida petroleira do Brasil e calcula-se que guarde reservas recuperáveis de 8 a 12 bilhões de barris e está situada em águas profundas do oceano Atlântico, a 183 quilômetros da costa do Rio de Janeiro.
Segundo Dilma, a concessão desse campo à iniciativa privada ratifica o interesse de seu governo em contar com empresários que "queiram investir" tanto em petróleo, como em estradas, portos, aeroportos e outras infraestruturas.
A presidente destacou a capacidade tecnológica da Petrobras, que levou ao descobrimento do chamado pré-sal, um novo horizonte de hidrocarbonetos no qual se situa o campo de Libra, o maior de diversos jazidas que, em conjunto, pudessem conter até 80 bilhões de barris de petróleo.
"Sem dúvida, o descobrimento do pré-sal foi o maior da última década no mundo do petróleo", afirmou.
O consórcio vencedor foi o único que se interessou no leilão e pagará um cânone de R$ 15 bilhões ao Estado, que além disso receberá 41,65% do petróleo excedente uma vez descontados os custos de produção.
Dilma ressaltou que, o dinheiro que arrecade o Estado mediante essa concessão petrolífera será destinado a investimentos em educação e saúde e à constituição de um "fundo social estratégico", que será uma "garantia para a melhora da qualidade de vida" da sociedade brasileira.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, presente no ato, destacou além disso que o desenvolvimento do campo de Libra será um fator gerador de "milhares de empregos" diretos e indiretos.
Segundo as condições da licitação, pelo menos 59% das equipes e dos serviços utilizados para a exploração da jazida, incluindo plataformas marinhas, gasodutos e equipes submarinas, deverá ser fabricado no país. EFE
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