Seul, 13 out (EFE).- O CEO e vice-presidente da Samsung Electronics, Kwon Oh-hyun, que esteve no comando da empresa após a prisão do presidente Lee Jae-yong, anunciou nesta sexta-feira que não renovará seu mandato, que ao fim em março de 2018.
Perto de completar 65 anos de idade, Kwon está à frente da companhia desde fevereiro, quando o herdeiro do império Samsung foi preso, acusado de envolvimento no caso de corrupção da "Rasputina" e condenado posteriormente a cinco anos de prisão.
Doutorado em engenharia elétrica pela Universidade de Stanford, Kwon se uniu por primeira vez a Samsung em 1985 e foi nomeado CEO pela junta diretora em 2012.
"É uma coisa sobre a qual pensei há muito tempo. Não foi uma decisão fácil, mas sinto que não posso adiar mais", disse, em um comunicado divulgado pela empresa.
"Dado que estamos diante de uma crise interna e externa sem precedentes, acho que chegou a hora da empresa começar de novo, com um novo espírito e uma liderança jovem que responda aos desafios que surgem em mercados em rápida mudança, como as indústrias das tecnologias da informação", acrescenta.
Kwon teve bastante importância no crescimento que Samsung mostrou no setor dos chips de memória, ramo de negócio que presidiu de 2011 até a atualidade, período em que a companhia sul-coreana se transformou no maior fabricante de memórias do mundo.
A empresa apresentou hoje a previsão de resultados para o terceiro trimestre, onde espera obter um lucro operacional de 14,5 trilhões de wones (cerca de US$ 12,8 bilhões).
No entanto, Kwon ressalta que o excelente rendimento da empresa não dissipa a preocupação da Samsung pelo futuro a curto e médio prazo, diante do progressivo desbaratamento da sua cúpula.
Antes de ser preso, Lee Jae-yong já tinha tido assumido a liderança da empresa em 2014, quando um infarto deixou sequelas em seu pai que ficou totalmente incapacitado de reassumir o cargo.