Por Tim Cocks e Alexander Winning
JOANESBURGO (Reuters) - A África do Sul enviou soldados às ruas nesta segunda-feira para conter os episódios de violência que irromperam na esteira da prisão do ex-presidente Jacob Zuma, depois de dias de tumultos que deixaram ao menos seis mortos.
A polícia disse que os distúrbios estão se intensificando e que 219 pessoas foram presas, depois que o ex-presidente desafiou a pena de prisão de 15 meses imposta pelo principal tribunal do país.
A fumaça de pneus em chamas se espalhava pelo ar, e itens de lojas saqueadas estavam jogados pelas ruas de Pietermaritzburg, situada em KwaZulu-Natal, a província de origem de Zuma.
Os protestos pró-Zuma esporádicos que irromperam quando ele se entregou na semana passada logo degeneraram em saques e incêndios criminosos, sobretudo em KwaZulu-Natal, mas também em Gauteng, onde se localiza a cidade de Johanesburgo, a maior do país.
Alguns centros de vacinação contra a Covid-19 de Gauteng fecharam devido a temores de segurança, disse o governo provincial, adiando ainda mais uma campanha de imunização já lenta.
Criminosos oportunistas parecem estar aproveitando a revolta que alguns sentem com o encarceramento de Zuma para roubar e causar destruição, disse a polícia.
Um comunicado dos militares informou que "processos pré-mobilização começaram" após um pedido de assistência de uma agência de inteligência do governo, mas um câmera da Reuters em Pietermaritzburg viu soldados armados já nas ruas.
(Reportagem adicional de Wendell Roelf, na Cidade do Cabo; Tanisha Heiberg, Helen Reid, Nqobile Dludla e Shafiek Tassiem, em Johanesburgo; Siyabonga Sishi em Pietermaritzburg; e Karin Strohecker, em Londres)