Investing.com - O gás natural futuro americano registrou alta nesta segunda-feira, recuperando-se das fortes quedas da semana passada, enquanto os players do mercado identificavam previsões de clima frio nas principais regiões consumidoras de gás dos EUA, o que deve impulsionar a demanda por combustível de aquecimento.
A entrega do gás natural futuro de dezembro da NYMEX avançou US$ 0,13, ou 4,96%, para US$ 2,749 por milhão de unidades térmicas britânicas, às 13h10, no horário de Brasília, depois de atingir US$ 2,752 mais cedo no pregão.
Os modelos de previsão atualizados indicaram um sistema frontal movendo-se para o oeste dos EUA no fim desta semana, que, em seguida, se deslocará para a região leste dos EUA no próximo fim de semana, com chuva, neve e temperaturas mais baixas do que o normal.
Esse cenário estimulou os investidores a fechar suas posições a preços menores, um movimento conhecido como cobertura de vendas a descoberto.
O gás natural futuro registrou baixa de mais de 5% na última semana e passa por uma desvalorização de quase 10% neste mês até o momento, com um começo brando da temporada de aquecimento para o inverno somado à preocupação com uma intensificação nas ofertas.
O gás futuro muitas vezes atinge uma baixa sazonal em outubro, quando o clima ameno reduz a demanda, antes de se recuperar no inverno, quando o uso de combustível de aquecimento atinge seu pico.
Enquanto isso, os participantes do mercado aguardam os dados da oferta semanal a serem divulgados na quinta-feira, que, segundo a expectativa do mercado, mostrarão um acumulado na faixa de 21 a 30 bilhões de pés cúbicos na semana encerrada em 11 de novembro.
Isso se compara a um ganho de 54 bilhões de pés cúbicos na semana anterior, 15 bilhões no comparativo anual e um acumulado médio de 3 bilhões de pés cúbicos nos últimos cinco anos.
O total de gás natural armazenado atualmente apresenta o maior valor histórico de 4,017 trilhões de pés cúbicos, de acordo com a Administração de Informações Energéticas dos EUA, que é 1,2% superior aos níveis do mesmo período do ano passado e 4,7% mais alto que a média de cinco anos para este período do ano.
Os analistas do mercado advertiram que a matéria-prima em armazenamento poderia atingir um pico de cerca de 4,050 trilhões de pés cúbicos até o fim de novembro, a menos que temperaturas de frio extremo no inverno criem maior demanda.