Nova Iorque, 27 jul (EFE).- Os acionistas do grupo Walt Disney e da 21st Century Fox aprovaram nesta sexta-feira o acordo firmado entre as duas empresas, segundo o qual a Disney comprará uma boa parte dos negócios da Fox por US$ 71,3 bilhões.
A fusão, que representará uma enorme mudança na indústria do entretenimento, ainda deve ser aprovada pelos reguladores de vários países antes de se tornar efetiva.
O acordo recebeu hoje sinal verde dos acionistas das duas empresas em diferentes votações realizadas em Nova York, pondo fim à disputa que a Disney manteve durante meses com o grupo Comcast para comprar parte da Fox.
"Estamos incrivelmente satisfeitos pelos acionistas das duas companhias nos terem dado aprovação para continuar e temos certeza da nossa capacidade para gerar valor a longo prazo com esta aquisição dos excelentes ativos da Fox", disse em comunicado o principal responsável da Disney, Robert Iger.
A Disney e o consórcio liderado por Rupert Murdoch chegaram em dezembro do ano passado a um primeiro acordo, que depois foi melhorado com uma oferta superior feita em junho pelo Comcast, proprietário, entre outras, das emissoras de televisão "NBC" e "Telemundo".
Em nota, Murdoch defendeu que combinar parte do negócio da Fox com a Disney oferece resultados significativos para os acionistas e permitirá criar um líder no setor do entretenimento e nos veículos de imprensa.
A ideia do magnata é se concentrar no âmbito de notícias, conservando "Fox News" e "Fox Sports", assim como os canais de televisão que distribuem essas notícias, um conglomerado que passará a se chamar "New Fox".
Por sua vez, a Disney controlará a produtora de cinema 20th Century Fox, os canais de televisão "Nat Geo" e "FX" e obterá a participação da Fox na emissora britânica "Sky" e na plataforma "Hulu", entre outros ativos.
O grupo americano pagará metade da operação com dinheiro e a outra metade com ações, o que dará aos atuais acionistas da 21st Century Fox entre 17% e 20% da empresa combinada.
A fusão foi já aceita pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, depois que a Disney concordou em vender 22 emissoras de televisão regionais de esportes para evitar danos à livre concorrência no setor.