Bucareste, 1 jul (EFE).- O Governo romeno demitirá cerca de 60
mil funcionários dentro de seu plano de economia para controlar o
déficit público e cumprir as condições impostas pelo Fundo Monetário
Internacional (FMI) para concessão de ajuda financeira.
A medida, anunciada pelo ministro do Interior, Vasile Blaga,
soma-se ao corte dos salários e a alta do IVA que hoje entraram em
vigor como parte dos esforços da Romênia para manter o déficit
público abaixo de 6,8% imposto para este ano pelo FMI.
O ministro explicou que o corte no setor público será feito
através de um decreto e afetará funcionários das Administrações
local e estadual.
Dessa forma, o país começa a reduzir o setor público de cerca de
500 mil trabalhadores, um dos lastros para o dinamismo da economia
denunciados pelo presidente Traian Basescu e pelo FMI.
Comprometida com esta instituição desde que contratou em 2009 um
crédito por dois anos de 20 bilhões de euros, a Romênia deve honrar
as condições de austeridade.
Se não o fizer o país não receberá os 8 bilhões de euros
restantes de crédito e que são vitais para seus maltratados cofres
públicos.
O FMI decide amanhã se aprova o plano de austeridade da Romênia,
que teve de ser revisado após o Tribunal Constitucional derrubar o
corte das aposentadorias.
Se a resposta for positiva, o país receberá os 850 milhões de
euros correspondentes ao quinto aporte do empréstimo. EFE