Por Julia Edwards e Mark Hosenball
WASHINGTON (Reuters) - O militante mascarado do Estado Islâmico visto nos vídeos de decapitação de dois norte-americanos foi identificado, disse o diretor do FBI, James Comey, nesta quinta-feira, mas sem informar seu nome ou sua nacionalidade.
Os vídeos das execuções dos jornalistas norte-americanos James Foley e Steven Sotloff mostram um militante mascarado do Estado Islâmico com uma faca e falando inglês com sotaque britânico.
Uma fonte ligada ao governo europeu envolvida com as investigações disse que o sotaque indicava que o homem era de Londres, provavelmente de uma comunidade de imigrantes asiáticos. Autoridades dos EUA e da União Europeia disseram que os trabalhos de investigação foram conduzidos por agências governamentais britânicas.
"Acredito que o identificamos. Não vou dizer a vocês quem acho que é", declarou Comey a um pequeno grupo de repórteres. Ele disse saber a nacionalidade do homem, mas se recusou a dar maiores detalhes à imprensa.
As decapitações em si não são exibidas nas filmagens, divulgadas em agosto e setembro. Os vídeos sugerem que o militante mascarado parece ser quem conduziu as execuções, embora o mostrem apenas fazendo um discurso. Após a fala, o vídeo é cortado e passa para imagens dos corpos decapitados.
O vídeo deixa implícito que o homem disfarçado é a pessoa que realizou as execuções, mas os investigadores ainda trabalham para determinar quem realizou as decapitações.
O embaixador britânico nos Estados Unidos, Peter Westmacott, disse à rede de televisão CNN pouco depois do assassinato de Foley, em agosto, que a Grã-Bretanha está fazendo um grande esforço para identificar o suspeito usando tecnologia de reconhecimento de voz. Westmacott afirmou na ocasião que as autoridades estavam perto de identificar o homem.
Comey disse aos repórteres que se sabe que cerca de uma dúzia de norte-americanos estão combatendo com os militantes na Síria, e que muitos dos que lutaram no país já voltaram aos Estados Unidos. Anteriormente, autoridades norte-americanas disseram que cerca de 100 americanos se juntaram ao Estado Islâmico.
(Por Julia Edwards)