Washington, 6 dez (EFE).- Duas décadas após o fim da Guerra Fria, o Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira uma lei que normaliza as relações comerciais com a Rússia apesar das divergências em matéria de direitos humanos.
O Senado aprovou a legislação por 92 votos a favor e quatro contra.
No mês passado, a Câmara dos Representantes já havia aprovado, com 365 votos a favor e 43 contra, esta legislação que outorga "relações comerciais normais e permanentes" à Rússia, e que põe fim às restrições que datam do confronto entre EUA e a União Soviética.
O presidente Barack Obama instou o Congresso a apressar a legislação, que conta com o apoio dos exportadores americanos, preocupados pelas desvantagens que encaram em sua concorrência com China e Europa pelos mercados russos.
Em agosto, a Rússia ingressou na Organização Mundial do Comércio, o que significa um compromisso de Moscou com a redução das tarifas e outras barreiras comerciais, a proteção dos direitos de propriedade intelectual e a abertura do setor de serviços à concorrência estrangeira.
A legislação também contém uma estipulação que ordena o Governo de Obama a publicar os nomes dos russos supostamente envolvidos na morte em 2009, em uma prisão, de Serguei Magnitsky, um advogado que lutava contra a corrupção.
Também requer que os EUA neguem vistos e congelem os ativos de qualquer indivíduo nessa lista ou outras pessoas envolvidas no futuro em abusos contra os direitos humanos.
A legislação elimina uma emenda na Lei de Comércio de 1974 que vinculava o comércio com a URSS à liberdade dos judeus e de outras minorias a emigrar. EFE