RIO DE JANEIRO (Reuters) - As importações de diesel realizadas pelo Brasil caíram 3,8 por cento em julho ante o ano anterior, para 5,419 milhões de barris, com o mercado de derivados enfrentando fraqueza devido a uma crise econômica no país, segundo dados publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
As compras externas de diesel, que normalmente refletem o comportamento da economia, caíram 16,2 por cento no acumulado do ano, segundo informação da ANP, segundo dados publicados na noite de segunda-feira.
O atual nível de processamento nas refinarias brasileiras e o perfil da produção, mais adequado à demanda, permitiram à Petrobras (SA:PETR4) reduzir a importação e aumentar a disponibilidade para exportação, disseram executivos da estatal na semana passada, durante comentários do balanço do segundo trimestre.
No período de abril a junho, a participação de diesel importado no total de vendas no mercado interno, segundo a Petrobras, caiu para 1,1 por cento, ante 4,1 por cento em 2015.
Em julho, a ANP não registrou exportações brasileiras de diesel, que registram crescimento forte de mais de 550 por cento no primeiro semestre.
Já as importações de gasolina subiram 193 por cento para 2,095 milhões de barris em julho ante o mesmo mês de 2015, em momento em que outros players que não a Petrobras também realizam negócios, com prêmios de vendas de combustíveis no mercado interno ante o exterior.
Ao comentar os resultados da Petrobras na semana passada, o diretor de Abastecimento da Petrobras, Jorge Celestino, disse que, como os preços internos estão mais altos do que no exterior, o que não acontecia em anos recentes, a Petrobras tem enfrentado concorrência no país.
Ele afirmou ainda acreditar que haverá uma recuperação do mercado de combustíveis no segundo semestre deste ano.
As exportações de gasolina do Brasil, por sua vez, cresceram 17 por cento, para 1,095 milhões de barris, segundo a ANP.
(Por Marta Nogueira)