Por Nidal al-Mughrabi
GAZA (Reuters) - Israel prorrogou nesta quinta-feira o fechamento das travessias de Gaza, restringindo ainda mais o movimento de pessoas, bens e ajuda, e o Exército isrelense justificou a medida alegando a possibilidade de ataques de retaliação após a prisão por Israel de um líder militante palestino.
Na segunda-feira, Israel prendeu Bassam al-Saadi, um líder graduado do grupo Jihad Islâmica, durante uma operação na Cisjordânia na cidade de Jenin, na qual um membro de 17 anos da Jihad Islâmica foi morto. Desde então, Israel fechou todas as travessias de Gaza e algumas estradas ao redor, citando temores de retaliação.
O grupo militante declarou um alerta total entre seus combatentes, implicando uma ameaça de retaliação iminente, após imagens que circulavam na mídia israelense aparentemente mostrarem que al-Saadi pode ter sido ferido durante sua prisão.
"Detectamos as intenções da Jihad Islâmica de realizar ataques terroristas", disse Nimrod Aloni, comandante da divisão de Gaza, em um vídeo divulgado pelas Forças Armadas israelenses.
O fechamento "vai continuar enquanto for necessário", disse ele.
O fechamento das travessias, que entrou em seu terceiro dia na quinta-feira, impediu trabalhadores palestinos de atravessarem para Israel. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o fechamento afetou 50 pacientes por dia que precisam de cuidados de saúde fora de Gaza.
As autoridades israelenses até agora não comentaram as circunstâncias da prisão de al-Saadi, mas a mídia israelense informou na quinta-feira que um tribunal militar prorrogou sua detenção por oito dias.
Em um tuíte após uma reunião de segurança nesta quinta, o primeiro-ministro israelense, Yair Lapid, disse que Israel "agirá ofensivamente contra qualquer organização que ameace a segurança de nossos cidadãos".
Desde que o Hamas começou a governar Gaza em 2007, Israel tem mantido um bloqueio terrestre, aéreo e marítimo da região, citando preocupações com a segurança.