Por Alexandra Valencia
QUITO (Reuters) - O Equador enviou soldados e policiais para uma área isolada de floresta depois que um policial foi morto e vários agentes de segurança ficaram feridos durante um protesto violento contra um projeto chinês de mineração de cobre, em meio a conflitos entre mineradoras e comunidades indígenas.
O presidente equatoriano, Rafael Correa, declarou um estado de emergência de 30 dias na província de Morona Santiago, que abriga o projeto de exploração Panantza-San Carlos, operado pela empresa ExplorCobres. O governo disse que "grupos ilegalmente armados" protestaram contra o projeto na quarta-feira.
"Pessoas violentas querer tomar o campo de mineração", disse Correa no Twitter na quinta-feira. "Temos um policial morto e vários outros feridos. Criminosos!".
Em Pequim, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, disse que a China está atenta ao incidente e mantendo contato com o Equador a respeito, embora, até onde soubesse, nenhum chinês tenha sido ferido.
A China agradece as medidas do Equador para controlar a situação, disse Geng, notando a condenação de Correa.
"A China está disposta a trabalhar com o Equador para adotar medidas eficazes e criar um bom ambiente para uma cooperação bilateral prática", afirmou ele em um boletim à imprensa.
O presidente chinês, Xi Jinping, visitou o Equador no mês passado.
A mídia local noticiou que o grupo indígena Shuar, que acusa as autoridades de provocar violência por expulsá-los de seu lar ancestral para abrir caminho para projetos de mineração, realizou o protesto.
(Reportagem adicional de Ben Blanchard, em Pequim)