JERUSALÉM/GAZA (Reuters) - Israel vai continuar a lutar contra o Hamas na Faixa de Gaza mesmo depois de o exército completar sua missão de destruir túneis fronteiriços, utilizados por militantes palestinos para atacar seus territórios, disse o primeiro ministro Benjamin Netanyahu, neste sábado.
Uma emissora de televisão israelense mostrou imagens ao vivo de tanques sendo retirados de Gaza em uma aparente redução da campanha que já dura 25 dias, enquanto Netanyahu disse que o Hamas vai pagar um "preço intolerável" se continuar atacando Israel.
Israel começou sua ofensiva aérea e naval contra Gaza em 8 de julho, após foguetes do Hamas atravessarem a fronteira.
A troca de bombas continuou no começo do sábado, elevando a contagem de mortos em Gaza, contabilizada pelos representantes palestinos, a 1,675, a maioria civis.
Israel confirmou que 63 soldados morreram em combate, e as bombas palestinas também mataram civis em Israel.
Netanyahu fez esses comentários enquanto Israel sinalizava que estava se retirando com seus próprios termos, dizendo que não iria viajar para o Cairo e discutir uma nova trégua.
Em algumas áreas de Gaza, testemunhas viram tanques israelenses recuando de volta à fronteira, enquanto o exército israelense deu permissão de retorno aos palestinos que fugiram de uma cidade.
O principal objetivo de Israel na sua incursão à Gaza no mês passado foi destruir a rede de túneis do Hamas, e a IDF (Força Defensiva de Israel) disse que isso está próximo de ser atingido.
Mais de 30 túneis e dúzias de acessos foram descobertos e estavam sendo explodidos, disse um militar.
"Nosso entendimento é que nossos objetivos, especialmente a destruição dos túneis, estão próximos de ser completados", disse o porta-voz militar, o tenente-coronel Peter Lerner.
Netanyahu disse em um discurso na televisão que a ação militar continuaria mesmo que esse objetivo fosse alcançado.
"Depois de completar a operação anti-túnel, a IDF vai agir e continuar agindo, de acordo com as necessidades de segurança, e apenas de acordo com nossas necessidades de segurança, até atingirmos nossos objetivos de restaurar a segurança para você, cidadão israelense", disse.
(Por Giles Elgood e Nidal al-Mughrabi)