Por Noah Browning
LONDRES (Reuters) - Os preços do petróleo subiam nesta segunda-feira depois que os países da Opep+ mantiveram suas metas de produção estáveis antes de uma proibição da União Europeia e um teto de preço do G7 que entrou em vigor para o óleo russo.
Ao mesmo tempo, em um sinal positivo para a demanda por combustível no maior importador de petróleo do mundo, mais cidades chinesas aliviaram as restrições de combate à Covid-19 no fim de semana.
O petróleo Brent subia cerca de 2,5%, para 87,70 dólares por volta das 9h50 (horário de Brasília), enquanto o WTI, negociado nos EUA, ganhava praticamente o mesmo percentual, para cerca de 82 dólares o barril.
A Opep+, que compreende a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, incluindo a Rússia, manteve a política que enfureceu os Estados Unidos e outras nações ocidentais em outubro, quando concordou em cortar a produção em 2 milhões de barris por dia, cerca de 2% da demanda mundial, de novembro até o final de 2023.[L1N32U0AL]
"A decisão... não é uma surpresa, dada a incerteza no mercado sobre o impacto da proibição de importação de petróleo bruto da Rússia pela UE em 5 de dezembro e o teto de preço do G7", disse Ann-Louise Hittle, vice-presidente de consultoria Wood Mackenzie.
"Além disso, o grupo de produtores enfrenta o risco de queda devido ao potencial de enfraquecimento do crescimento econômico global e à política zero Covid da China."
Os países do Grupo dos Sete (G7) e a Austrália concordaram na semana passada com um teto de preço de 60 dólares por barril para o petróleo russo transoceânico.
(Com reportagem adicional de Sonali Paul em Melbourne e Emily Chow em Cingapura)