Damasco, 22 jul (EFE).- A Síria perdeu mais de US$ 23,5 bilhões no setor petroleiro desde o início do conflito, em março de 2011, segundo dados do governo divulgados nesta terça-feira pela televisão oficial.
O ministro do Petróleo sírio, Suleiman Abbas, afirmou que a maioria dos campos de petróleo, oleodutos e gasodutos do país apresentam danos por causa de "ataques de terroristas".
Abbas detalhou que o custo por danos diretos, como o roubo de petróleo e gás, e os danos em infraestruturas e equipamentos, é de 570 bilhões de libras sírias (US$ 3,805 bilhões), enquanto o dos indiretos é de 2,95 trilhões de libras sírias (US$ 19,719 bilhões).
A Síria produziu no primeiro semestre de 2014 um total 3,164 bilhões de barris, o que equivale a uma média de 17 mil diários. Este número representa uma perda de 11 mil barris ao dia em relação à produção no primeiro semestre de 2013.
Além disso, nos primeiros seis meses deste ano, 3,111 bilhões de toneladas de petróleo foram refinados nas usinas de Homs e Baniyas, além de 3,08 milhões de toneladas de outros derivados petroleiros.
Neste período, as vendas do setor ascenderam a 197,91 bilhões de libras na Síria (US$ 1,321 bilhão), que, por sua vez, comprou produtos petroleiros por um montante de 272,296 bilhões de libras (US$ 1,817 bilhão).
Os subsídios ao setor concedidos pelo governo sírio foram de 81,94 bilhões de libras sírias (US$ 547 milhões).
Grande parte dos campos de petróleo na Síria fica na província nordeste de Deir ez Zor e está em poder do grupo radical Estado Islâmico, que no final de junho declarou um califado muçulmano no território sírio e no iraquiano.
Atualmente, as autoridades enfrentam os jihadistas no campo de gás de Sha'er, na província central Homs, cujo controle foi tomado pelos extremistas na última semana.