PEQUIM (Reuters) - Uma universidade chinesa negou nesta quinta-feira acusações norte-americanas de espionagem apresentadas contra três de seus funcionários que estão entre seis chineses acusados pelos Estados Unidos de terem roubado tecnologia usada com frequência em sistemas militares.
O Departamento de Justiça dos EUA anunciou as acusações contra os seis chineses na terça-feira, a terceira vez nos últimos três anos que autoridades norte-americanas fazem acusações de espionagem econômica em benefício da China, um problema que o governo em Washington classifica como uma das principais preocupações em termos de segurança nacional.
Três dos seis são funcionários da Universidade Tianjin, na China. A instituição negou as acusações e disse que os Estados Unidos prejudicaram os intercâmbios acadêmicos por "politizarem" a disputa científica, diz o site do China Youth Daily, jornal governista controlado pelo Partido Comunista da China.
Hao Zhang, de 36 anos, um professor na Universidade de Tianjin, foi preso no sábado em Los Angeles depois que chegou em um voo da China. Os outros cinco suspeitos estariam na China.
Zhang e os outros dois professores da universidade foram acusados de roubar código-fonte e outras informações de propriedade de fabricantes de chips Avago Technologies (NASDAQ:AVGO) Ltd e Skyworks Solutions Inc, onde dois deles tinham trabalhado.
A universidade afirmou que atribui grande importância à ética acadêmica e tem tolerância zero contra a má conduta acadêmica.
A instituição disse ainda que condena com veemência "acusações gratuitas" que prejudicaram sua reputação, acrescentando se reservar o direito de utilizar meios legais para preservar seu bom nome. A universidade disse ainda que iria fornecer ajuda humanitária e legal para Zhang e sua família nos Estados Unidos.
(Reportagem de Michael Martina e Megha Rajagopalan) 2015-05-21T132404Z_1006910001_LYNXMPEB4K0ON_RTROPTP_1_INTERNET-CHINA-EUA-ESPIONAGEM-NEGA.JPG