Investing.com - Os preços do petróleo voltaram a subir após atingirem o maior nível desde outubro nesta terça-feira, em meio a novas dúvidas sobre se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo conseguirá chegar a um acordo para limitar a produção.
O petróleo bruto americano operava perto da estabilidade cotado a US$ 48,27 o barril, às 17h37, no horário de Brasília, após atingir US$ 49,20 o barril, o maior nível desde 28 de outubro.
O referencial mundial do Brent marcou US$ 49,30, valorizando-se US$ 0,40, ou 0,82%, mas ainda longe da máxima de US$ 49,96.
Os preços do petróleo foram atingidos após a Reuters divulgar que o Irã, o Iraque e a Indonésia têm dúvidas quanto ao corte de produção proposto, que visa reduzir a oferta excedente que pressionou os preços para baixo por mais de dois meses.
O ministro de relações exteriores iraquiano, Ibrahim al-Jafari, afirmou, nesta terça, que o país deve ser isentado de reduzir a produção de petróleo porque precisa desta receita para financiar sua guerra contra o Estado Islâmico.
A Opep deve se reunir em 30 de novembro para definir uma estratégia para o primeiro semestre de 2017.
O grupo de produtoras está tentando fazer com que seus 14 Estados-membro, além da Rússia, que não faz parte da Opep, implementem cortes de produção coordenados para reduzir o excesso de oferta global e frear a queda dos preços.
No entanto, muitos analistas do mercado continuaram céticos quanto às perspectivas para o corte de produção, em meio à incerteza sobre como um eventual acordo seria implementado.
A Opep chegou a um denominador comum para limitar a produção a uma faixa de 32,5 milhões a 33 milhões de barris por dia em uma reunião em setembro.
Mas a produção dos membros da Opep registrou alta recorde em outubro, com 33.64 milhões de barris por dia.
Estabelecer um entendimento sobre um acordo de corte de produção se provou um assunto problemático, com alguns produtores, especialmente o Irã, relutantes com a medida.
O Irã acelerou sua produção em uma tentativa de recuperar participação de mercado depois que as sanções internacionais impostas ao país foram removidas em janeiro deste ano.