Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta quinta-feira, 13 de julho, sobre os mercados financeiros:
1. Yellen de volta ao Capitólio
Investidores aguardavam mais comentários de Janet Yellen, presidente do Federal Reserve, no segundo dia em que ela fará declarações sobre política monetária do banco central, desta vez perante à Comissão de Atividades Bancárias do Senado às 11h00 (horário de Brasília).
Yellen pareceu cautelosa em relação à inflação e observou que o Fed não precisaria aumentar as taxas de juros "muito mais" para atingir as atuais estimativas baixas das taxas de fundos neutros em seu primeiro dia de declarações ao Congresso, na última quarta-feira.
Ela também afirmou que a economia norte-americana é saudável o suficiente para que o Fed comece a reduzir seu imenso balanço patrimonial de US$ 4,5 trilhões em algum momento deste ano.
O discurso foi visto como principalmente pacífico por participantes do mercado.
Além de Yellen, o calendário de quinta-feira também traz dados sobre a inflação de preços ao produtor e pedidos semanais de seguro-desemprego, todos previstos para as 09h30 (horário de Brasília). Investidores já aguardam os números do índice de preços ao consumidor de junho, previstos para sexta-feira, por conta do possível impacto que esses números possam ter na política monetária do Fed.
2. Dólar e títulos do Tesouro dos EUA caem
O dólar norte-americano e os rendimentos dos títulos da dívida do governo norte-americano estavam sob pressão uma vez que os investidores apostavam que o endurecimento da política monetária dos EUA será glacial na melhor das hipóteses.
O índice dólar chegou a cair para 95,25 nas negociações durante a noite, nível não visto desde 30 de junho, quando atingiu 95,22, mínima de nove meses. Estava fixado em 95,50 no início do pregão.
O dólar perdia força pelo terceiro dia seguido frente ao iene japonês, atingindo a mínima durante a noite de 112,87 antes de recuara para o nível de 113,00.
Enquanto isso, os rendimentos do título do Tesouro norte-americano com vencimento em 10 anos, tomado como referência, caíam para cerca de 2,31%, o nível mais baixo em uma semana e bem abaixo de cerca de 2,39%, máxima atingida no início desse mês.
Rendimentos do título do Tesouro com vencimento em 2 anos, sensível às taxas de juros, caíam para 1,347%, mínima de três semanas, enquanto o rendimento do título do Tesouro com vencimento em 30 anos também caíam para 2,868%.
3. Bolsas de todo o mundo atingem máximas históricas
O mercado acionário do mundo atingia a quarta máxima histórica em menos de um mês após os comentários mais pacíficos de Janet Yellen, presidente do Fed, estimularem investidores a assumirem posições mais arriscadas.
Em Wall Street, o blue chip futuros do Dow apontava para uma abertura com novo recorde histórico, ganhando 21 pontos, ou cerca de 0,1%, os futuros do S&P 500 subiam 5 pontos, ou cerca de 0,2%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 avançava 21 pontos, ou 0,4%.
Na Europa, as bolsas estavam amplamente em alta, com ganhos em cima do salto considerável do dia anterior.
Mais cedo, as bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em território positivo, com o índice Kospi da Coreia do Sul encerrando em máxima histórica. A Índia também marcou uma alta recorde, enquanto o mercado em Hong Kong atingiu seu nível mais forte em dois anos.
4. Conformidade da OPEP com cortes na produção no menor nível em 6 meses
A conformidade da OPEP com os cortes na produção caiu em junho para o menor nível em seis meses, já que vários membros bombearam muito mais petróleo do que o permitido pelo pacto de oferta, afirmou a Agência Internacional de Energia em seu relatório mensal do mercado.
A conformidade da OPEP com os cortes caiu para 78% no último mês a partir de 95% em maio uma vez que produção maior do que o permitido na Argélia, no Equador, no Gabão, no Iraque, nos Emirados Árabes Unidos e na Venezuela compensaram a forte conformidade da Arábia Saudita, do Kuwait, do Catar e de Angola.
O petróleo dos EUA tinha o barril negociado a US$ 45,19, uma queda de US$ 0,32 ou cerca de 0,7%, enquanto o petróleo Brent caía US$ 0,32 para US$ 47,40 pois preocupações com a crescente produção nos EUA e em outros lugares atingiam os sentimentos dos investidores.
5. Dados da balança comercial da China em junho superam expectativas
A China registrou números mais fortes do que o esperado na balança comercial de junho, com amparo da demanda global firme de produtos chineses e apetite robusto por materiais de construção no país.
As exportações da segunda maior economia do mundo subiram 11,3% em comparação ao ano anterior, ao passo que as importações subiram 17,2%, ambos os percentuais superando as expectativas dos analistas, conforme dados oficiais.
Isso deixou o país com um superávit comercial de US$ 42,77 bilhões no mês, afirmou a Administração Geral de Serviços Aduaneiros.
Os dados mostraram que o superávit comercial da China com os EUA foi de US$ 25,4 bilhões em junho, subindo a partir de US$ 22,0 bilhões em maio, o maior desde outubro de 2015.
Um aumento no comércio entre a China e a Coreia do Norte, país com armas nucelares, no primeiro semestre do ano poderia também aumentar pressões diplomáticas entre Pequim e Washington.