🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Bolsonaro foi alertado por deputado sobre pressão em importação da Covaxin, diz relator da CPI

Publicado 23.06.2021, 12:24
© Reuters. 25/05/2021
REUTERS/Adriano Machado

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro foi alertado pelo deputado Luís Miranda (DEM-DF) sobre pressão no processo referente à importação para uso emergencial no país da vacina indiana contra Covid-19 Covaxin, disse o relator da CPI da Covid do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), nesta quarta-feira.

A CPI aprovou nesta manhã o convite para que Miranda e o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda, irmão do deputado, prestem esclarecimentos sobre o assunto. A previsão é que o servidor e o irmão deputado deponham à comissão de inquérito na sexta-feira à tarde.

O servidor do ministério já havia relatado, em depoimento ao Ministério Público Federal, ter sido pressionado no processo referente à importação da vacina indiana.

Durante a sessão da CPI, Renan Calheiros disse que era preciso investigar essa operação com a Covaxin, que considerou "no mínimo suspeita", citando o fato de que ela seria a mais cara a ser adquirida pelo governo, ter calendário de entrega mais demorado e uma empresa como intermediária, a Precisa Medicamentos, ao contrário das outras em negociação.

"Por isso que esta CPI, por decisão do seu presidente, ela inverteu a agenda de sexta-feira para que nós possamos ouvir o diretor do ministério que cuidou especificamente dessa importação e de outras importações e que vai poder esclarecer nesta CPI muitos aspectos do enfrentamento à pandemia", disse Renan.

"E o irmão (deputado) que vem em solidariedade, porque o irmão levou o diretor a uma conversa com o presidente da República para adverti-lo do que significava essa operação. Não sabia ele que estava o presidente diretamente envolvido porque já tinha mandado mensagem, já tinha telefonado ao primeiro-ministro da Índia", emendou ele.

Procurada, a Secretaria de Comunicação da Presidência não respondeu de imediato pedido de comentário.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), rebateu o relator da CPI e disse que Renan fez uma "ilação" sobre o comportamento do presidente.

REQUERIMENTOS

A CPI também aprovou requerimento para convocar o tenente-coronel Alex Lial Marinho. Um dos auxiliares do então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, Marinho foi apontado por Luís Ricardo Miranda no depoimento ao MPF como um dos que estariam pressionando pela aquisição da vacina indiana.

Marinho também teve seus sigilos bancário, telefônico, telemático e fiscal quebrados pela comissão de inquérito.

Sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano havia sido chamado para depor nesta quarta à CPI. Mas, após alegar que estavam cumprindo quarentena em razão de ter feito uma viagem à Índia, o depoimento dele foi adiado e ainda não foi remarcado nova data.

© Reuters. 25/05/2021
REUTERS/Adriano Machado

A CPI e o MPF investigam a operação de compra da Covaxin. A Procuradoria da República já abriu uma investigação preliminar para avaliar se houve crime no contrato firmado entre o ministério e a empresa Precisa Medicamentos para a compra do imunizante, citando o risco temerário no acerto firmado.

Em despacho, a Procuradoria disse que o contrato para a compra da Covaxin para a entrega de 20 milhões de doses tem valor total de 1,6 bilhão de reais, “tendo sido a dose negociada por 15 dólares, preço superior ao da negociação de outras vacinas no mercado internacional, a exemplo da vacina da Pfizer”.

O ministério e a Precisa já divulgaram notas negando irregularidades e se colocando à disposição para prestar esclarecimentos.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.