Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco aceitou o convite do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, para uma visita, uma reviravolta nas relações do país com o Vaticano, após negociações para uma visita papal à nação predominantemente hindu terem falhado em 2017.
Há cerca de 20 milhões de católicos romanos na Índia, cerca de 1,5% da população de 1,3 bilhão de pessoas. Cerca de 80% do povo indiano é hindu.
Em 2016, Francisco afirmou que estava "quase certo" que visitaria a Índia no ano seguinte, junto com Bangladesh. Mas líderes da Igreja Católica indiana não conseguiram convencer Modi, que lidera um governo nacionalista, a convidá-lo.
O último papa que visitou a Índia foi João Paulo 2º, que foi para Nova Délhi em 1999 para emitir um documento papal sobre a Igreja na Ásia.
"Tive uma reunião muito calorosa com o papa Francisco. Tive a oportunidade discutir vários assuntos com ele e também o convidei a visitar a Índia", disse Modi, pelo Twitter, neste sábado.
O Ministério das Relações Exteriores da Índia afirmou que o convite era para o papa "visitar a Índia em breve, o que foi aceito com prazer".
Quando a visita em 2017 foi abortada, autoridades da Igreja afirmaram que o governo indiano alegou problemas de agenda do primeiro-ministro. Francisco acabou visitando Mianmar e Bangladesh.
(Reportagem adicional de Euan Rocha em Nova Délhi)