SÃO PAULO (Reuters) - A Biosev (SA:BSEV3), braço sucroenergético da Louis Dreyfus Company (LDC) [AKIRAU.UL], fechou a safra 2017/18, em 31 de março, com a maior moagem da história, em meio a uma maior utilização da capacidade instalada e investimentos abaixo do previsto.
Em fato relevante divulgado na noite de quinta-feira, a companhia, a segunda maior processadora de cana do mundo, relatou processamento de 32,7 milhões de toneladas de cana, alta de 3,6 por cento sobre o ciclo anterior.
Tal quantidade representou utilização recorde de 89,7 por cento da capacidade instalada.
"Esses resultados confirmam a eficácia das melhorias aplicadas na gestão agrícola e industrial da Biosev", afirmou a empresa, acrescentando que o capex na temporada foi de 1,14 bilhão de reais, abaixo do guidance, que ia de 1,16 bilhão a 1,34 bilhão de reais.
"A melhoria da produtividade no campo, incluindo a implementação de novo modelo de plantio, contribuiu para a formação de um canavial mais jovem, com longevidade aumentada, reduzindo a taxa de renovação dos canaviais para as próximas safras", acrescentou a companhia.
Sem citar a fabricação de açúcar e etanol, a Biosev apenas relatou que os Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) na safra somaram 4,21 milhões de toneladas, crescimento de 3,5 por cento ante 2016/17.
"Os resultados refletem os avanços do nosso projeto empresarial que tem como estratégia o desenvolvimento de canaviais de alta qualidade combinado a unidades industriais de alta confiabilidade operacional e eficiência de processos, ao menor custo de produção", afirmou em comunicado à imprensa o presidente da Biosev, Rui Chammas.
O anúncio sobre o fechamento de safra ocorre dias após a companhia divulgar uma reestruturação de 3,66 bilhões de reais em dívidas e a injeção de 1 bilhão de dólares em aumento de capital pela controladora LDC. [nE6N1PY050]
(Por José Roberto Gomes)