Por Emmanuel Jarry e Ingrid Melander
PARIS (Reuters) - Um agressor que esfaqueou e matou uma pessoa de 29 anos na região central de Paris na noite de sábado era um francês naturalizado, nascido na região russa da Chechênia em 1997, disseram fontes judiciais neste domingo.
O agressor, que não teve seu nome divulgado, gritou “Allahu akbar” (Deus é grande) conforme também feria quatro outras pessoas, entre elas um chinês e um luxemburguês, antes da polícia matá-lo a tiros, disseram autoridades.
O ataque ocorreu no movimentado distrito Ópera, conhecido por seus diversos restaurantes, cafés e pela Ópera Garnier.
O ato soma-se a uma série de ataques na França que deixaram mais de 240 mortos desde janeiro de 2015, mantendo o país em alerta máximo.
A França é parte de uma coalizão liderada pelos Estados Unidos que luta contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque e que possui milhares de soldados na África Ocidental, onde militantes ligados à al-Qaeda estão ativos.
O agressor de 21 anos estava classificado como “ficha S” desde 2016, disse o porta-voz do governo Benjamin Griveaux – uma designação que autoridades usam para sinalizar pessoas que podem ser uma ameaça à segurança nacional.
Ele se tornou francês quando sua mãe obteve cidadania em 2010, disse Griveaux em entrevista conjunta às emissoras LCI e RTL e ao jornal Le Figaro.
Griveaux rejeitou críticas de alguns políticos de que o governo não está fazendo o suficiente para conter tais ataques, acrescentando: “Risco zero não existe”.
O Estado Islâmico reivindicou responsabilidade pelo ataque através de sua agência de notícias, Amaq, mas não forneceu provas.