Por Jennifer Ablan e Jonathan Stempel
NOVA YORK (Reuters) - Warren Buffett disse nesta segunda-feira que a empresa de saúde que está sendo criada por Berkshire Hathaway, Amazon.com e JPMorgan Chase terá um novo presidente-executivo dentro de um ano e definiu uma meta agressiva de redução de custos.
Falando à rede de televisão CNBC, Buffett disse que "não podemos nos dar ao luxo de cometer erros" na busca de um presidente certo para ajudar a combater os crescentes custos de saúde que agora representam cerca de 18 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, ou 10 mil dólares por pessoa.
Buffett disse que não será difícil cortar de 3 ou 4 pontos percentuais, contrastando com a situação de 1960, quando disse que os custos de saúde representavam apenas 5 por cento do PIB, 170 dólares por pessoa.
"Estamos em uma grande desvantagem competitiva nos negócios norte-americanos" em relação a outros países industrializados por causa dos custos, diz Buffett. "A questão é se podemos encontrar algo melhor. Eu tenho esperança, mas não espere milagres."
Berkshire, Amazon e JPMorgan disseram no mês passado que vão criar uma empresa de saúde para seus trabalhadores.
A entrevista à CNBC ocorreu dois dias depois que Buffett divulgou sua carta anual mais curta do que o habitual aos acionistas da Berkshire e trazendo pouca discussão sobre os investimentos da empresa.
Buffett também discutiu outros meios para aplicar o caixa de 116 bilhões de dólares da Berkshire, depois de dizer na carta que desejava uma ou mais aquisições "enormes" fora do setor de seguros.
Ele disse que ficaria "mais inclinado" a recomprar ações do que pagar dividendos e poderia elevar o limite de recompra de 1,2 vezes o valor contábil.
(Por Jennifer Ablan e Jonathan Stempel)