BBAS3: Como interpretar o balanço do 3T25 do Banco do Brasil?
Investing.com - O Bitcoin volta a operar em forte baixa nesta quinta-feira, 13 de novembro, rompendo o suporte psicológico de US$ 100 mil pela terceira vez no mês e encerrando uma sequência de 189 dias de fechamento acima desse patamar. O mercado cripto experimentou um tom de aversão ao risco generalizado, impulsionado pela incerteza macroeconômica nos Estados Unidos, onde preocupações com dados fracos de emprego e um Federal Reserve (Fed) ainda cauteloso reduziram drasticamente as expectativas de um corte de juros rápido em dezembro.
Por volta das 16h55 (horário de Brasília), o Bitcoin era negociado a 98.749,7, registrando uma queda diária de -2,52%. As altcoins sofreram recuos mais acentuados, com o Ethereum (ETH) cotado a 3.180,03, em baixa de -6,74%, e a Solana (SOL) a 142,970, com declínio de -6,72%. A queda acentuada provocou um evento de liquidação em cascata, totalizando US$ 657,88 milhões em 24 horas, com a maior parte (mais de US$ 533 milhões) atingindo posições de compra (longs), conforme dados da Binance e CoinGlass.
A pressão vendedora é amplamente atribuída a fatores macro e institucionais. Apesar do alívio gerado pelo fim da paralisação do governo dos EUA, a atenção se voltou para o cenário de juros do Fed. Declarações recentes do presidente Jerome Powell, que sinalizou que um corte "não é uma conclusão precipitada", somadas a dados de mercado de trabalho mais fracos do que o esperado, fizeram as chances de redução de juros em dezembro caírem para 66,9%. Esse aperto na liquidez, combinado com a saída de capital dos ETFs de Bitcoin e a pressão vendedora vinda de players baseados nos EUA, foi o catalisador que empurrou o BTC para o nível sub-US$ 100 mil.
A reação dos investidores é de cautela e realinhamento de expectativas. Analistas apontam que a ausência de um fluxo institucional forte e a diminuição da atividade de "baleias" (whales) são os principais fatores que impedem um rali sustentável no curto prazo. No entanto, o sentimento continua dividido: enquanto traders em mercados de previsão apostam em uma queda adicional do Bitcoin para a região de US$ 95 mil, outros estrategistas mantêm uma visão otimista de longo prazo, argumentando que os compradores continuam defendendo os níveis de suporte e que o ativo ainda está em uma tendência de alta, caracterizada por fundos progressivamente mais altos nos pullbacks recentes.
"O reflexo da divisão do Fed é que a demanda institucional tem sido usada para absorver o pânico, e não para impulsionar o preço a novas máximas. A chance de reversão só ocorrerá se o BTC conseguir defender o suporte crucial e se a confiança na política monetária retornar. Nesse sentido, o patamar dos US$ 100 mil é crucial. Com o suporte for perdido, uma correção mais profunda em direção aos US$ 95 mil se torna o cenário mais provável", apontou Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil.
"O Bitcoin entrou em modo defesa total após perder o suporte de US$ 100 mil, em cenário de volatilidade alta, pressão técnica e ambiente macro hostil. O investidor atento precisa priorizar disciplina e estratégia: oportunidades táticas podem surgir em repiques, mas o risco de novas liquidações e volatilidade extrema permanece elevado. A palavra de ordem? Gestão de risco rigorosa. A volatilidade anualizada de 30 dias está em 32,1%, um patamar elevado que reforça o clima de incerteza e potencial para movimentos bruscos — tanto de repique quanto de queda adicional", analisou o WarrenAI.
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