Arena do Pavini - A moeda digital Bitcoin voltou a subir hoje, superando os US$ 9 mil no mercado internacional. A moeda sobe 8% e é negociada a US$ 9.350, maior nível desde 3 de fevereiro. Em reais, o Bitcoin sobe 9%, para R$ 31.500. A expectativa de analistas gráficos é de que a moeda poderá testar os US$ 10 mil, apesar de a proximidade do feriado de Ano Novo Lunar na China ser um fator que pode levar mais investidores a venderam a moeda. O feriado do Ano do Cachorro começa amanhã, dia 15, e vai até dia 21 de fevereiro.
O Bitcoin e outras moedas digitais acompanham a recuperação dos ativos de risco nesta semana. A retomada das bolsas americanas de sexta-feira para cá deu um certo alívio para os que temiam uma queda mais forte dos índices e mostrou que há compradores para ações mesmo com a expectativa de alta dos juros. Os dados econômicos de hoje, como inflação acima do esperado e vendas no varejo abaixo do previsto, deram sinais mistos que podem levar o Federal Reserve (Fed, banco central americano) a subir gradualmente os juros.
Mesmo com a recuperação, porém, o Bitcoin ainda acumula perda de quase 70% em relação ao pico de US$ 19.600 do fim de dezembro. A moeda chegou a atingir US$ 5.922, segundo a agência Bloomberg, o que assustou muitos investidores novatos que haviam se entusiasmando com a alta de 1.400% do ano passado.
Ajudaram na recuperação declarações de autoridades da Coreia do Sul indicando que o país não pretende banir as bolsas de negociação de criptomoedas, mas regulamentá-las, para garantir sua transparência. Na China, as bolsas foram proibidas, enquanto o Japão criou um sistema de licenciamento. O objetivo é reduzir os riscos dessas bolsas, para evitar casos como da bolsa japonesa Coincheck, que perdeu US$ 500 milhões em moedas NEM em um ataque de hackers. A bolsa teve ainda US$ 373 milhões em resgates ontem, depois de retomar as operações, paralisadas desde o ataque, segundo dados do site especializado Coindesk.
Por Arena do Pavini