TÓQUIO (Reuters) - A Panasonic disse nesta quinta-feira que fez uma parceria com uma afiliada da Japan Display para licenciar um processo de produção de telas OLED de baixo custo, uma possível alternativa ao método convencional utilizado pelos fabricantes sul-coreanos, que dominam o mercado.
A afiliada JOLED está negociando com vários produtores globais de telas para licenciar seu processo de impressão para telas OLED, onde materiais de orgânicos coloridos são depositados em substratos de vidro de maneira similar à impressão a jato de tinta.
O método pode produzir telas OLED 20 a 30 por cento mais baratas do que o atual processo de evaporação, já que não precisa de equipamentos como câmaras de vácuo ou máscaras metálicas para depositar os materiais coloridos, de acordo com a JOLED.
A Panasonic projetará e desenvolverá equipamentos de impressão, enquanto uma unidade da fabricante de equipamentos para produção de telas e chips Screen Holdings será responsável pela produção real do equipamento e sua manutenção.
A JOLED, criada em 2015 através da fusão das divisões OLED da Panasonic e da Sony, também planeja iniciar a produção em massa de telas menores por conta própria em 2020.
Para financiar o plano de produção, a JOLED levantou 47 bilhões de ienes (425 milhões de dólares) em junho, com a venda de novas ações para a fabricante de autopeças Denso e três outras empresas japonesas, disse o JOLED separadamente nesta quinta-feira.
Desenvolvedores de celulares cada vez mais vêm utilizando telas OLED, com fez a Apple (NASDAQ:AAPL) em seu modelo mais recente, o iPhone X, já que as telas OLED são geralmente mais finas e capazes de reproduzir cores mais vivas do que telas de cristal líquido.
Fabricantes japoneses começaram a investir na tecnologia OLED na década de 1990, liderada pela Sony e pela Pioneer. A maioria desistiu devido aos altos custos e taxas de defeitos, permitindo que as sul-coreanas Samsung Electronics e LG Display assumissem a liderança.
(Por Makiko Yamazaki)