Investing.com - O desenvolvimento contemporâneo da tecnologia criou uma economia digital que permitiu a maturação de ativos digitais. O resultado é uma nova geração de investidores que nasceu e cresceu em uma economia digitalizada com uma forte propensão em se posicionar em criptomoedas na hora de investir.
As transformações tecnológicas e sociais que condicionam o crescimento do investimento em ativos digitais se somam à desconfiança das tradicionais instituições políticas e econômicas em meio a um período com inflação mais elevada e riscos geopolíticos significativos. “Mais de 80% dos millennials nos EUA investem em criptomoedas”, aponta Jay Jacobs, chefe de investimentos temáticos da BlackRock (NYSE:BLK), durante a Digital Assets Conference, evento promovido pela MB (ex-Mercado Bitcoin) e realizado em 3 de outubro em São Paulo.
Jacobs faz, por isso, um alerta aos consultores financeiros: “Se você busca atrair o cliente do futuro, você terá que desenvolver serviços para um millenial com renda alta e, se você não souber falar de criptos e ativos digitais, dificilmente você vai ganhar a confiança dele”, diz o especialista.
Não é somente oferecer Bitcoin e Ethereum para que o cliente invista neles. O consultor financeiro precisa ir além do que são as criptomoedas, o profissional deve apresentar o valor desses ativos e o que eles podem oferecer à carteira do cliente, segundo a BlackRock. “Os investidores mais jovens estão investindo em criptomoedas e não permitem que o consultor financeiro tenha conhecimento dessas posições e os ajudem como se fosse investimentos em ações e títulos”, afirma Jacobs.
O especialista apresenta as oportunidades do consultor financeiro em relação aos investidores mais jovens. Ele pode oferecer, além de abordar os retornos e a diversificação proporcionados pelos ativos digitais, serviços relacionados a impostos, planejamento sucessório e doações.
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