O volume de negociação do par Libra esterlina e Bitcoin (BTC) registrou uma alta significativa nos últimos dias. Esse movimento se deve ao enfraquecimento da moeda britânica frente ao dólar americano.
Dados da Bitfinex e Bitstamp mostram que o volume do par BTC/GBP, nesta segunda-feira (26), estava mais de 1.100% acima da média.
Britânicos de olho no Bitcoin?
A partir de um tuíte compartilhado pelo chefe de pesquisa da CoinShares, James Butterfill, o volume de BTC/GBP em 26 de setembro subiu para mais de US$ 881 milhões.
Por outro lado, o volume médio diário é de apenas US$ 70 milhões em aproximadamente dois anos. Portanto, isso ocorre após a libra cair sua cotação de US$ 1,17 para US$ 1,07 no mês passado, arriscando uma queda para a paridade do dólar como o euro.
#Bitcoin volumes against #GBP were US$881m yesterday (US$70m average), when a FIAT currency is threatened, investors start to favour Bitcoin pic.twitter.com/Q3pXJTDHWZ— James Butterfill (@jbutterfill) September 27, 2022
“Volumes de #Bitcoin contra #GBP foram de 881 milhões ontem (US$ 70 milhões de média), quando uma moeda FIAT é ameaçada, os investidores começam a favorecer o Bitcoin.”
Contudo, Buttterfill compartilhou dados de outros pares de negociação do bitcoin versus moeda fiduciária.
Enquanto os volumes de BTC/GBP recentes foram de mais de 1400% acima de sua média anual. Nesse sentido, os volumes dos pares BTC/USDT foram de 58% de alta e os de BTC/USD apenas 32% maiores.
Por fim, no terceiro trimestre, o desempenho do Bitcoin rivalizou com o do dólar. Afinal, a criptomoeda manteve-se relativamente estável à medida que outras ações e commodities despencaram.
Ademais, Saifedean Ammous, autor do livro The Bitcoin Standard, chamou os dados publicados por Butterfill de “fascinantes”. O livro escrito por Ammous defende o potencial do Bitcoin de superar as moedas fiduciárias como dinheiro devido à sua escassez e outras propriedades monetárias.
Volume de negociação do Bitcoin com moedas fiduciárias
Historicamente, analistas afirmam que o Bitcoin foi negociado mais como uma ação de tecnologia de alta volatilidade. Contudo, enquanto prosperava no ambiente de baixas taxas de juros de 2021, afundou em resposta à política monetária global agressiva de 2022.
Afinal, ao contrário da narrativa comum mais difundida, o BTC não conseguiu fazer uma frente de preço significativa e perante a alta inflação nos EUA.
No entanto, outras nações contam uma história diferente. À medida que a lira turca desmoronou em relação ao dólar no ano passado, o BTC/TRY subiu para máximas de todos os tempos.
Da mesma forma, o volume de Bitcoin-Rubro decolou em março. Ou seja, depois que a moeda russa entrou em colapso após as sanções ocidentais em fevereiro.
O ex-CEO da BitMEX, Arthur Hayes, previu em julho que os EUA serão forçados a afrouxar as taxas de juros novamente, à medida que as moedas internacionais continuam desmoronando em relação ao dólar. Segundo Hayes:
“Imprimir dinheiro significa que o valor do BTC aumenta.”