O Walmart (NYSE:WMT) (SA:WALM34) desenvolveu planos que envolvem a criação de seu próprio criptoativo, o lançamento de coleções de tokens não-fungíveis (NFT) e (sim, você adivinhou) entrar no metaverso, segundo relatórios citando registros feitos no American Patent and Trademark Office.
A CNBC informou que o Walmart, que foi um dos primeiros grandes varejistas a explorar o uso da tecnologia blockchain em suas cadeias de suprimentos, apresentou vários pedidos de marca registrada no mês passado, indicando que a empresa deseja produzir e vender itens virtuais, incluindo dispositivos eletrônicos, brinquedos, artigos esportivos e produtos de higiene.
Um pedido de patente detalhou a intenção do Walmart de patentear o seguinte:
“Serviços financeiros, ou seja, fornecer uma moeda digital e um token digital de valor para uso por membros de uma comunidade online por meio de uma rede global de computadores”.
Outro anotou os planos para criar “software para download para uso no gerenciamento de portfólios de moeda digital, moeda virtual, criptomoedas, ativos digitais e blockchain, ativos digitalizados, tokens digitais, tokens criptográficos e tokens utilitários” – e “software para download de serviços de carteira eletrônica.”
A Bloomberg chamou os pedidos de patentes de "uma enxurrada" e observou que eles foram apresentados em 30 de dezembro. Três foram feitos sob a bandeira Walmart Connect da empresa, seu "empreendimento de publicidade digital existente" e significam uma "mudança para moedas virtuais e publicidade”.
O Walmart solicitou o uso do nome da empresa e marca registrada de seu logotipo em serviços de saúde e educação em plataformas VR e AR.
A CNBC citou um advogado de marcas chamado Josh Gerben explicando que os pedidos foram “super intensos”, devido ao fato de que “há muita linguagem” nos pedidos. Isso, ele observou, “mostra que há muito planejamento acontecendo nos bastidores” em relação a como o Walmart “vai abordar as criptomoedas, como eles vão abordar o metaverso e o mundo virtual que parece estar chegando."
No mundo dos negócios, as patentes nem sempre equivalem diretamente aos planos de negócios. Muitas vezes, as empresas registram as patentes antes de concretizar os planos – para garantir que as marcas e inovações que desejam usar não foram reservadas por outros.
Por exemplo, no ano passado, a varejista espanhola El Corte Inglés pediu copyright de uma série de marcas e registros de marcas com tema de bitcoin (BTC), mas desde então ainda não revelou quaisquer negócios relacionados.
Em agosto, o Walmart publicou uma vaga de emprego para uma função de desenvolver uma “estratégia de moeda digital e roteiro de produtos” e encontrar “investimentos e parcerias relacionados a criptomoedas”. No ano passado, a empresa lançou um projeto piloto de bitcoin ATM em várias de suas lojas.
Os redditors receberam a mudança com algum ceticismo. Muitos concordaram que os planos de criptomoedas da empresa deveriam se concentrar na adoção de tokens existentes como o BTC. Um deles escreveu:
“Por que iríamos querer comprar uma criptomoeda do Walmart quando [já] temos tantas criptomoedas funcionando […]? Apenas aceitem criptomoedas!”
Também não faltou um dos passatempos favoritos da América: atacar o Walmart. Um Redditor em outro lugar na plataforma de mídia social brincou:
“Imagine entrar em um Walmart no metaverso. [Eu] não acreditava que o Walmart pudesse ficar pior.”
No Twitter, alguns humoristas da comunidade de criptomoedas estavam à disposição com algumas observações perspicazes. Um comentou que a mudança foi semelhante a uma peça de Ave Maria, já que os varejistas tradicionais lutam para lidar com os rivais online.
E outros zombaram das empresas que agora se acotovelavam na pressa de se apressar a bordo do já lotado “metaverso”.