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Temer faz apelo para que partidos e Congresso não agravem crise

Publicado 05.08.2015, 21:07
Atualizado 05.08.2015, 21:16
© Reuters. Vice-presidente Michel Temer durante cerimônia no Palácio do Planalto

BRASÍLIA (Reuters) - O vice-presidente e articulador político do governo, Michel Temer, fez um enfático apelo público ao Congresso Nacional e aos partidos políticos nesta quarta-feira para que evitem uma crise política no país.

Em declaração à imprensa após maratona de reuniões com ministros e parlamentares nesta quarta, e após um início conturbado dos trabalhos do Congresso Nacional nesta semana, com a ameaça de votação de matérias que afetam as contas públicas, Temer reconheceu que a situação é "grave" e disse que "mais do que nunca" se faz necessária a harmonia.

"Não vamos ignorar que a situação é razoavelmente grave, não tenho dúvida que é grave. E é grave porque há uma crise política se ensaiando, há uma crise econômica precisando ser ajustada. Mas para tanto é preciso contar com o Congresso Nacional, é preciso contar com os vários setores da nacionalidade brasileira", disse o vice-presidente.

"Há uma certa preocupação, não posso negar isso. Daí a razão dessa espécie de convocação, no sentido de que todos trabalhemos juntos. Não há como trabalhar separadamente porque a separação envolve prejuízos para o país."

O Congresso Nacional retornou de um recesso branco nesta semana com a ameaça de votação da chamada "pauta bomba", como são chamadas as propostas com impacto nas contas públicas.

"É preciso que alguém tenha capacidade de reunificar a todos, de reunir a todos, de fazer esse apelo e eu estou tomando essa liberdade de fazer esse pedido, porque caso contrário nós podemos entrar numa crise desagradável para o país", disse Temer.

Segundo fontes com conhecimento dos encontros que Temer teve nesta quarta, o vice-presidente demonstrou preocupação com o fato de a base aliada não ter aprovado na véspera um requerimento de retirada de pauta de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que vincula os subsídios de servidores da Advocacia-Geral da União (AGU) e de procuradorias dos Estados e Distrito Federal aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ainda de acordo com uma dessas fontes, ficou acertado em encontros anteriores de Temer com lideranças da base, na segunda-feira, que as "pautas-bomba" não seriam colocadas em votação para evitar derrotas ao governo. O fracasso em aprovar o adiamento da votação da PEC 443 descumpriu esse acordo, o que também irritou senadores que se encontraram com o vice-presidente também nesta quarta.

Segundo um parlamentar que participou da reunião com lideranças da Câmara, o vice-presidente também foi alvo de cobranças de aliados, que demandam uma reorganização da correlação de forças na base, além dos tradicionais pedidos para maior participação na gestão, mais acesso a integrantes do governo, agilidade na liberação de emendas e definição de cargos.

A PEC 443 teria impacto de 9,9 bilhões de reais nas contas públicas, segundo o Ministério do Planejamento, justamente em um momento em que o governo se esforça para efetivar o ajuste fiscal.

© Reuters. Vice-presidente Michel Temer durante cerimônia no Palácio do Planalto

A proposta pode ser votada nesta quarta em primeiro turno, segundo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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