Por Corina Pons e Diego Oré
CARACAS (Reuters) - Governadores de três Estados venezuelanos proibiram a espera noturna nos mercados em meio ao atual período de filas longas e, às vezes, com desordem em volta de lojas do país atingido pela escassez de produtos básicos.
A falta de mercadorias, de leite a papel higiênico, piorou desde os problemas na distribuição durante as festas de fim de ano, levando muitos a esperar nas primeiras horas do dia, em pé ou em redes, antes de os mercados abrirem.
As filas e a frequente disputa por lugares quando as lojas finalmente abrem são um constrangimento e uma irritação para os venezuelanos. Também tem havido protestos e prisões.
"Vamos proibir filas do lado de fora de estabelecimentos comerciais", disse a governadora de Falcón, Stella Lugo, na noite de terça-feira. "As forças de segurança receberam as instruções."
Ela se juntou aos governadores de Bolívar e Yaracuy, que anunciaram as mesmas medidas recentemente.
"Filas durante a noite são perigosas para as pessoas", disse o governador de Bolívar, Francisco Rangel.
Em alguns lugares, autoridades estão controlando o acesso das pessoas aos mercados, usando o número da carteira de identidade.
A escassez de produtos afetou a popularidade do presidente, Nicolás Maduro, que atingiu 22 por cento em dezembro, de acordo com a Datanalisis.