BAMACO (Reuters) - Pelo menos nove soldados do Mali foram mortos numa emboscada realizada por rebeldes separatistas perto da cidade de Timbuktu, norte do país, nesta segunda-feira, dias antes esperada assinatura de um acordo de paz apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A emboscada destaca as tensões persistentes e a violência esporádica que ameaçam minar os esforços para unir e pacificar o Mali, três anos depois que rebeldes liderados pelos tuaregues lançaram uma tentativa de independência que foi, mais tarde, assumida por insurgentes islâmicos.
O Ministério da Defesa do Mali emitiu um comunicado dizendo que um comboio do Exército que fazia reabastecimento foi emboscado por rebeldes, deixando nove soldados mortos e outros 14 feridos.
Um porta-voz do grupo rebelde Coordenação dos Movimentos de Azawad (CMA) disse à Reuters que os rebeldes mataram cerca de 20 pessoas no ataque e apreenderam vários veículos. O ataque ocorreu entre Timbuktu e Goundam, uma cidade a sudoeste onde os rebeldes permanecem ativos, apesar da presença de tropas francesas e da ONU no norte do país.
Uma intervenção militar francesa no início de 2013 retirou os islamistas ligados à Al Qaeda de cidades que eles tinham ocupado. Forças de paz da ONU também foram mobilizadas, mas os islâmicos ainda realizam ataques a tropas locais e estrangeiras.
Enquanto isso, apesar de meses de negociações, organizadas pela Argélia, rebeldes separatistas têm se recusado a assinar uma proposta de acordo de paz que agora foi remarcada para sexta-feira.
(Reportagem de Souleymane Ag Anara e Tiemoko Diallo)