SÃO PAULO (Reuters) - A General Motors (NYSE:GM) colocou outros 6,2 mil metalúrgicos em férias coletivas nesta segunda-feira somando as plantas de São José dos Campos (SP) e de Gravataí (RS), devido à baixa demanda e estoques elevados, segundo sindicatos de trabalhadores.
Cerca de 4,5 mil funcionários da unidade de Gravataí estão parados, afetando a produção dos modelos Prisma, Onix e Celta.
"Calculamos que por conta das férias na GM outros 5,5 mil sistemistas de produção tenham sido afetados e paralisaram suas atividades", disse à Reuters a secretária executiva do sindicato dos metalúrgicos de Gravataí, Taciê Dias.
A estimativa é que só neste ano cerca de 900 empregados tenham sidos liberados pela GM na região.
Cerca de 1,7 mil funcionários da unidade da São José dos Campos também entraram em férias coletivas nessa segunda-feira, segundo o sindicato da categoria na região, devido aos estoques acima do desejado diante da fraca demanda no país. .
Nessa mesma unidade, já há cerca de 780 metalúrgicos com contratos de trabalho temporariamente suspensos (layoff).
Em ambos os caso, os funcionários ficarão fora de atividade até 30 de junho.
A unidade da GM de São José dos Campos tem cerca de 5,2 mil empregados. Até agora a produção era de 18 veículos por hora, de acordo com o sindicato.
"Estão mantidas apenas as produções de kits para exportação conhecidos como CKD, motores e transmissores", disse à Reuters uma fonte do sindicato.
Em São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo, os 5,5 mil metalúrgicos da unidade entraram em férias coletivas a partir do dia 11 até dia 26, segundo o sindicato.
Nessa unidade, a montadora produz os modelos Cruze, Cobalt, Montana e Spin.
"Está tudo parado desde o começo do mês. Estamos preocupados com possíveis demissões", disse à Reuters o líder do sindicato dos metalúrgicos de São Caetano do Sul, Aparecido da Silva.
Segundo ele, cerca de 1,4 mil empregados da unidade foram desligados, incluindo os de programa de demissão voluntária.
Procurada, a GM do Brasil confirmou as férias coletivas, sem informar o número de funcionários.
(Por Rodrigo Viga, com reportagem adicional de Luciana Bruno)