CABUL (Reuters) - Um carro-bomba que tinha como alvo um comboio que transportava civis contratados pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) perto de hospital em Cabul neste sábado matou 12 pessoas, parte de uma onda de ataques na capital desde a notícia da morte do líder taliban Mullah Omar há um mês.
Três dos mortos eram estrangeiros.
A força da explosão destruiu vários veículos, incluindo uma van escolar e uma pick-up, com outro veículo em chamas. Os paramédicos levaram vítimas em macas.
"Doze corpos mortos e 66 feridos foram levados para vários hospitais de Cabul", disse a autoridade da área de saúde, Kabir Amiry. "Alguns estavam em condições ruins".
Em comunicado, o Taliban negou que estava por trás do ataque. Nenhum grupo alegou responsabilidade.
Fontes de segurança disseram que o alvo era um grupo de empresas de segurança estrangeiras que trabalham para a DynCorp International.
A DynCorp Internacional, que oferece treinamento, segurança e manutenção de aviação para uma missão da Otan e militares afegãos, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Os atentados têm aumentado na capital desde que o governo Taliban confirmou em julho que Mullah Omar havia morrido há dois anos. Alguns analistas dizem que os insurgentes estão tentando mostrar que eles permanecem fortes.
A explosão quebrou vidros das janelas do hospital Shinozada e de um edifício de seis andares em frente. Em seu website, o Shinozada é descrito como o primeiro hospital privado do Afeganistão.
(Reportagem de Sayed Hassib e Hamid Shalizi)