Por Jason Lange
WASHINGTON (Reuters) - O mercado de trabalho dos Estados Unidos estava forte o suficiente para motivar pequenos ganhos salariais em algumas profissões nas últimas semanas, mas algumas companhias já sentiam o impacto da desaceleração econômica na China, informou nesta quarta-feira o Federal Reserve, banco central norte-americano.
De maneira geral, a atividade econômica dos EUA continuou a expandir ao longo da maioria das regiões e dos setores entre julho e meados de agosto, informou o Fed em seu relatório Livro Bege, que reúne relatos sobre a atividade empresarial coletados com contatos em todo o país.
A combinação de recuperação do mercado de trabalho e preocupações com o crescimento econômico da China sublinha o desafio que o banco central dos EUA enfrenta ao considerar a possibilidade de aumentar os juros já neste mês.
Embora muitas autoridades do Fed avaliem que o mercado de trabalho está perto de alcançar força total, a China está lançando sombras sobre a economia global. A perspectiva de crescimento mundial mais lento está pesando sobre os preços do petróleo, o que torna provável que a inflação nos EUA fique abaixo da meta do Fed, de 2 por cento, por algum tempo.
Algumas companhias contatadas pelo Fed de Boston, que compilou os dados de outros bancos regionais do Fed, disseram que a China está pesando sobre seus desempenhos.
No entanto, muitos dos distritos do Fed disseram que viram crescimento modesto a moderado na demanda por trabalho e no emprego. Em alguns bolsões da economia, a força do mercado de trabalho está alimentando modestos aumentos no pagamento, informou o Fed.