Por Arshad Mohammed e Daniel Trotta
WASHINGTON/HAVANA (Reuters) - Os Estados Unidos aprovaram uma ampla variedade de práticas comerciais com Cuba nesta terça-feira, facilitando para as empresas norte-americanas realizarem filmes, financiarem exportações e fazerem negócios com o governo comunista em projetos de infraestrutura pública.
As últimas mudanças se dão à medida que Washington e Havana se aproximam de normalizar as relações, tendo retomado os laços diplomáticos no ano passado depois de mais de cinco décadas de uma rivalidade da era da Guerra Fria.
Embora a maior parte do comércio norte-americano com Cuba permaneça proibido, devido ao embargo econômico, o presidente dos EUA, Barack Obama, está usando a sua autoridade executiva para liberar o comércio que não é especificamente banido pelo Congresso.
As mudanças anunciadas na terça-feira, a terceira rodada desse tipo de iniciativa, refletem o objetivo declarado de Washington de atender as necessidades da população cubana e criar oportunidades de negócios para as empresas norte-americanas.
Autoridades dos EUA enfatizaram que o impacto prático vai depender da liberalização econômica cubana, uma vez que tentativas norte-americanas anteriores de promover o comércio não avançaram. Cuba, no entanto, tem reclamado da falta de crédito e da proibição de usar o dólar.
Os bancos norte-americanos podem agora financiar exportações autorizadas, com exceção de insumos agrícolas e reexportações de bens não norte-americanos. Antes, esse comércio tinha que ser pago adiantado e financiado por bancos de outros países.
As novas regras também permitiriam que as empresas dos EUA, caso a caso, se envolvam na construção de infraestrutura que beneficie diretamente a população cubana.