Washington, 18 ago (EFE).- A montadora General Motors (GM)
apresentou hoje à comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos
(SEC, na sigla em inglês) os documentos necessários para voltar a
ter ações em bolsa, nos quais detalha que também oferecerá títulos
preferenciais.
Nos documentos, a GM diz que uma "de suas forças competitivas" é
a fatia de mercado que tem em mercados emergentes "como China e
Brasil", nos quais tinha 13,3% e 19%, respectivamente, em 2009.
A GM apontou que planeja ter 500 milhões de ações ordinárias em
circulação depois que a oferta esteja completa e que não tem "planos
atuais para pagar dividendos" aos detentores destes títulos.
"Investir em nossas ações ordinárias implica um risco substancial
e nosso setor está sujeito a numerosos riscos e incertezas", disse a
montadora.
"Nossa capacidade de atrair um número suficiente de consumidores
para considerar nossos veículos, particularmente nossos novos
produtos, é essencial para nossa capacidade de alcançar um
rendimento a longo prazo", acrescentou a companhia.
Segundo os documentos, o Departamento do Tesouro americano
controla 304.131.356 ações ordinárias e 83.898.305 ações
preferenciais da classe A. As autoridades canadenses têm 58.368.644
ações comuns e 16.101.695 ações preferidas da série A.
O sindicato UAW, por meio do fundo de prestações de saúde,
controla 87,5 milhões de ações ordinárias, 260 milhões de ações
preferenciais da classe A e tem uma opção para adquirir 15.151.515
ações ordinárias.
Os antigos credores possuem 50 milhões de ações ordinárias e duas
opções para adquirir, cada uma, 45.454.545 títulos do mesmo tipo.
O documento de registro da solicitação diz que nos seis primeiros
meses do ano, a receita da GM foi de US$ 64,65 bilhões e o lucro, de
US$ 2,808 bilhões. EFE.